Depois da China, a Embaixada da França no Brasil também usou suas redes sociais na quarta (13) e na quinta-feira (14) para destacar a solidariedade francesa diante do tarifaço aplicado por Donald Trump a boa parte dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.
Em uma ação inédita, que repercutiu nas redes, a embaixada publicou um vídeo com uma abordagem irônica em relação à decisão norte-americana de elevar em 50% as taxas aduaneiras.
O vídeo usou a canção “Amor Traumatizado”, de Carol Biazin e Felipe Amorim, e reuniu imagens das reuniões entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Emmanuel Macron, além de mostrar acordos e iniciativas conjuntas entre os dois países.
A legenda ressaltou que “França e Brasil compartilham valores, projetos e sonhos” e destacou: “Tem gente que não tem parceria forte com o Brasil… que pena que não é o meu caso!”
Essa movimentação diplomática ocorre em meio ao agravamento do ambiente comercial entre Brasil e Estados Unidos, depois que, em 6 de agosto, o governo norte-americano aplicou o tarifaço sobre produtos brasileiros.
A Embaixada dos EUA no Brasil criticou o país nas redes sociais, alimentando a tensão bilateral. A justificativa oficial para as tarifas, enviada por Donald Trump, foi a necessidade de “corrigir as graves injustiças do sistema comercial”, além de associar a medida à suposta perseguição política contra Jair Bolsonaro (PL-RJ) e a restrições à liberdade de expressão.
Além das tarifas, o governo Trump aplicou outras sanções, como a revogação de vistos de integrantes do governo brasileiro ligados ao programa Mais Médicos, sob alegações de envolvimento em práticas irregulares com médicos cubanos, enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) sofre retaliações pessoais, como a proibição de entrada nos EUA do ministro Alexandre de Moraes.
Na mesma linha francesa, a Embaixada da China também expressou apoio ao Brasil. O país asiático destacou a importância do café brasileiro e o crescimento da presença chinesa em setores como entregas rápidas, bebidas e sorvetes no Brasil, criticando indiretamente as tarifas norte-americanas.
Fonte: Revista Oeste