Após reunião com líderes europeus e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca nesta segunda-feira (18), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que está disposto a tratar diretamente com o ditador russo, Vladimir Putin, a questão territorial em futuras negociações de paz.
“O assunto do território é uma questão que vamos deixar entre mim e Putin. As garantias de segurança provavelmente serão negociadas com nossos parceiros”, declarou Zelensky, na Casa Branca, depois do encontro.
Trump, que recebeu Zelensky em Washington, já havia se reunido com Putin no Alasca na sexta-feira (15), em uma tentativa de intermediar um acordo para encerrar a guerra que está devastando o território ucraniano. O líder norte-americano anunciou que pretende organizar um encontro bilateral entre Zelensky e Putin, seguido de uma reunião trilateral com a sua participação.
Zelensky reforçou que Kiev está pronta para negociações sem condições prévias.
“Estamos prontos, como disse, para qualquer formato, encontros no nível dos líderes, e se a Ucrânia começar a impor condições para uma reunião global, os russos terão 100 condições do lado deles. Portanto, acredito que devemos nos reunir sem nenhuma condição”, afirmou.
O presidente ucraniano destacou que algumas regiões do país não foram tomadas por meio de combates diretos, o que deve ser considerado em uma negociação.
“É muito importante entender que algumas partes do nosso país, partes do leste, por exemplo, e a Crimeia, foram ocupadas não porque um exército empurra o outro, e o outro recua. Mas porque não houve hostilidades, por exemplo, não houve hostilidades em massa na Crimeia. Portanto, não se pode dizer que uma parte tão grande foi ocupada porque os russos tinham um exército forte”, disse.
Outro ponto que deverá fazer parte das conversas é a devolução de crianças ucranianas levadas à força para a Rússia.
“Os Estados Unidos da América entendem que estarão envolvidos em uma questão tão importante, dolorosa e muito difícil de como devolver as crianças ucranianas”, afirmou Zelensky. Segundo ele, Trump concordou em ajudar num sistema de troca “de todos por todos, não apenas os prisioneiros militares”.
Fonte: Revista Oeste