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Venezuela fala em “uso pacífico” da energia nuclear


A ministra da Ciência e Tecnologia da ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela, Gabriela Jiménez, alegou nesta quarta-feira (17) que o regime chavista está comprometido com o “uso pacífico” da energia nuclear e criticou os Estados Unidos pelo envio de um submarino com propulsão nuclear para as águas do Mar do Caribe próximas do país sul-americano, junto de oito navios de guerra, para combater o tráfico de drogas na região.

Em postagem no Telegram, Jiménez disse que “as aplicações pacíficas da energia nuclear são numerosas e variadas” e que em 1955 a Venezuela tornou-se “o primeiro país da América Latina a ter um instituto dedicado exclusivamente à ciência e pesquisa nuclear, hoje conhecido como Instituto Venezuelano de Pesquisas Científicas [IVIC, na sigla em espanhol], além de um reator de pesquisa nuclear”.

A ministra afirmou que a Venezuela, desde antes da criação da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), defende “a não proliferação de armas e ameaças nucleares”.

“Por isso, reafirmar nosso compromisso com o desenvolvimento, a promoção e o uso pacífico da energia nuclear em 2025 é motivo de orgulho para a Venezuela”, alegou Jiménez, que relatou que o vice-ministro da Ciência e Tecnologia e diretor do IVIC, Alberto Quintero, criticou o envio do submarino nuclear americano para a região durante a 69ª Conferência da Aiea, que está sendo realizada em Viena, na Áustria.

Maduro já havia se pronunciado sobre o assunto, alegando que a medida do governo Donald Trump violaria o Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina (Tratado de Tlatelolco).

“A presença ilegal do submarino na América Latina busca repetir as ameaças nucleares enfrentadas pelo mundo nas décadas de 1940 e 1950, tentando destruir a paz, a estabilidade e a diplomacia”, acusou Jiménez.

Apesar do discurso da ministra, a ONG americana Iniciativa de Ameaça Nuclear alertou em um relatório que, embora não possua armas biológicas, químicas ou nucleares e não mantenha um programa de mísseis balísticos, a Venezuela “tem cooperado estreitamente com a Rússia e o Irã em questões de defesa”.

“Sob o governo do ex-presidente Chávez, a Venezuela manifestou interesse em desenvolver capacidades de energia nuclear, mas os atuais desafios financeiros suspenderam esses planos”, acrescentou.

A ONG também destacou que a Venezuela assinou um acordo geral de cooperação nuclear com a Rússia em 2008 e que a ditadura de Vladimir Putin “enviou bombardeiros Tupolev com capacidade nuclear para a Venezuela três vezes desde 2008”.

Outro ponto ressaltado pela Iniciativa de Ameaça Nuclear foi a colaboração com o Irã “na busca por depósitos de urânio em 2009”.



Fonte: Revista Oeste

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