Os Estados Unidos abriram uma investigação comercial contra o Brasil, nesta terça-feira (15), onde verificam práticas desleais do Brasil. Segundo o documento do Escritório da Representação Comercial dos EUA, o USTR, o governo norte-americano verifica “serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”. Entre os nomes analisados, está o do Pix, que se consolidou como um dos principais métodos de pagamento do país, e surge como concorrente direto de bandeiras de cartão de débito americanas, como Visa, Mastercard e Amex, por exemplo.
Nas redes sociais, usuários demonstraram preocupação em relação ao fim do método de pagamento no país. Pensando nisso, o TechTudo explica tudo o que você precisa saber sobre a polêmica envolvendo o Pix e os Estados Unidos. Confira, a seguir, mais detalhes.
Pix vai acabar? Entenda o que é verdade e mentira sobre o caso
A investigação contra o Pix faz parte do pacote de medidas dos Estados Unidos contra o Brasil. O governo americano já criou uma taxa de 50% sobre importações brasileiras, válida a partir de 1º de agosto deste ano. Além do método de pagamento, também serão verificadas outras práticas que podem ser consideradas “desleais”, como o comércio popular da 25 de março, acesso ao mercado de etanol e combate à corrupção.
As redes sociais também são alvo de investigação, principalmente após a Suprema Corte brasileira decidir que as big techs são responsáveis por publicações ilegais feitas por seus usuários. Tribunais brasileiros teriam emitido, ainda, ordens sigilosas para que postagens e contas de dezenas de críticos políticos fossem desativadas.
Apesar de todas as possíveis sanções, parece improvável que o Pix realmente acabe. Em nota divulgada à imprensa, o Itamaraty acusou as manifestações do governo americano de “intromissão indevida e inaceitável”, e garantiu a soberania nacional em relação ao caso.
Confira a nota na íntegra:
O governo brasileiro deplora e rechaça, mais uma vez, manifestações do Departamento de Estado norte-americano e da embaixada daquele país em Brasília que caracterizam nova intromissão indevida e inaceitável em assuntos de responsabilidade do Poder Judiciário brasileiro. Tais manifestações não condizem com os 200 anos da relação de respeito e amizade entre os dois países.
No que se refere ao comércio, o Brasil vem negociando com autoridades norte-americanas, desde março, questões relativas a tarifas, de interesse mútuo, e está disposto a dar sequência a esse diálogo, em benefício das economias, dos setores produtivos e das populações de ambos os países. A equivocada politização do assunto não é de responsabilidade do Brasil, país democrático cuja soberania não está e nem estará jamais na mesa de qualquer negociação.
O TechTudo entrou em contato com o Banco Central do Brasil para entender o posicionamento do órgão, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.
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Fonte: TecMundo