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Trump diz que suspensão de Jimmy Kimmel não é censura


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou nesta quinta-feira (18) sua crítica ao apresentador Jimmy Kimmel, cujo programa acaba de ser suspenso devido a um comentário sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, e apontou que não foi uma questão de censura, mas sim de falta de talento.

“Demitiram Jimmy Kimmel principalmente por sua baixa audiência, mais do que por qualquer outra coisa. Ele disse algo horrível sobre um grande cavalheiro conhecido como Charlie Kirk. E Jimmy Kimmel não é uma pessoa talentosa. Ele tinha uma audiência muito ruim e deveria ter sido demitido há muito tempo”, disse Trump em uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

Trump considerou que a suspensão do late-night de Kimmel não é uma questão de censura. “Você pode chamar de liberdade de expressão ou não. Ele foi demitido por falta de talento”, completou.

A emissora americana ABC, de propriedade da Disney, anunciou na quarta-feira (17) que o programa de Jimmy Kimmel, um dos mais famosos da TV dos Estados Unidos, foi suspenso por tempo indeterminado devido a comentários que o apresentador fez a respeito de Tyler Robinson, preso pela acusação de ter matado Charlie Kirk.

Os comentários de Kimmel foram feitos no seu programa na noite de segunda-feira (15).

“Chegamos a novos pontos baixos no fim de semana, com a gangue MAGA [sigla em inglês para Faça a América Grande de Novo, bordão dos apoiadores de Trump] tentando desesperadamente caracterizar o garoto que assassinou Charlie Kirk como algo diferente de um deles e fazendo tudo o que pode para ganhar pontos políticos com isso”, disse o apresentador.

O FBI e autoridades de Utah, onde o crime ocorreu, apontaram que as investigações têm indicado que Robinson seria de esquerda e Trump atribuiu o assassinato de Kirk à retórica da “esquerda radical”.

Após a fala de Kimmel, a Nexstar Media Group, operadora de 32 afiliadas da ABC, disse que interromperia a exibição do programa.

Antes do anúncio da suspensão, o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, disse em entrevista ao podcaster Benny Johnson que o comentário de Kimmel representa “a conduta mais doentia possível” e sugeriu que as licenças das afiliadas da ABC poderiam ser revogadas se a Disney não punisse o apresentador.

Trump, que comemorou com uma postagem na rede Truth Social a suspensão do programa de Kimmel e também pediu que fossem cancelados os programas de Jimmy Fallon e Seth Meyers na NBC, aproveitou sua fala na coletiva com Starmer para prestar um tributo a Kirk.

“Ele foi assassinado horrivelmente por expressar o que pensava. Era um grande jovem, com um futuro incrível. Algumas pessoas diziam que um dia poderia ser presidente. Eu disse a ele: ‘Charlie, acho que um dia você tem uma boa chance de ser presidente’. Ele só queria cuidar dos jovens. Amava a juventude”, declarou.



Fonte: Revista Oeste

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