PUBLICIDADE

Todos os discos do Guns N’ Roses do pior ao melhor, segundo crítico da Rolling Stone


A discografia do Guns N’ Roses é curta, mas impactante. São apenas seis álbuns lançados, porém, mais de 100 milhões de cópias vendidas a nível global. Não era para ser uma obra longa, de toda forma: a banda de Axl Rose (voz), Slash (guitarra), Izzy Stradlin (guitarra), Duff McKagan (baixo) e Steven Adler (bateria) era como um vulcão em erupção, seja em potência ou, especialmente, em duração.

Mas antes de implodir, o grupo, que posteriormente agregaria (vários) outros integrantes, ofereceu (alguns) discos importantes para a história do rock and roll. Todos eles foram ranqueados, do pior ao melhor, e comentados nesta lista. Confira!

Guns N’ Roses nos anos 1980 – Foto: Ross Marino / Getty Images

Todos os discos do Guns N’ Roses do pior ao melhor

6) “The Spaghetti Incident?” (1993)

A intenção do Guns N’ Roses ao lançar seu álbum de covers foi nobre. A banda queria que alguns de seus ídolos, especialmente do segmento punk rock, se tornassem mais conhecidos — em uma movimentação similar à adotada pelo Metallica desde a década de 1980. Apesar disso, “The Spaghetti Incident?” peca em escolha de repertório e na própria criação das releituras. “Since I Don’t Have You”, com seu videoclipe curioso, permanece como um dos momentos mais “que p#rra é essa?”da trajetória do GN’R, enquanto a versão de “Hair of the Dog” (Nazareth) só dá vontade de voltar e escutar a original. “Ain’t It Fun” (Dead Boys), com participação de Michael Monroe (Hanoi Rocks), é um raro destaque, assim como “New Rose” (The Damned) com Duff McKagan nos vocais.

5) Chinese Democracy (2008)

Não dá para chamar Chinese Democracy de “injustiçado”, mas o único álbum do Guns N’ Roses no século 21 (e único sem Slash e Duff McKagan) pareceu ter sido alvo de uma birra — justificada — gerada em torno de seu arrastado processo de criação: praticamente uma década. Demorou tanto para sair que, quando chegou a público, soou atrasado, pois explorou influências de rock/metal industrial e nu metal, em voga justamente quando as canções foram criadas… uma década antes. Estética à parte, há boas composições ali que resistiram ao teste do tempo, como “Better”, “There Was a Time”, “This I Love” e “Prostitute”. Ainda assim, está abaixo de todos os outros trabalhos de inéditas do GN’R.

4) GN’R Lies (1988)

Com apenas oito faixas — quatro delas oriundas do EP “ao vivo fake” Live?!*@ Like a Suicide (1986) —, GN’R Lies é, basicamente, um mini-álbum, mas entra na lista por trazer algum material inédito. Sua segunda metade apresenta quatro faixas acústicas, uma delas sendo a releitura de “You’re Crazy”, ouvida originalmente em Appetite for Destruction (1987). Esta parte do registro soa positivamente despretensiosa, exceção feita à melodiosa “Patience”, que não por acaso virou hit. Canções legais, mas pouco a ver com o Guns daquele momento. Já o pedaço inaugural, correspondente a Live?!*@ Like a Suicide, é um arregaço. E veja como é o destino: a notoriedade que o grupo desejaria dar anos depois a seus ídolos punk com “The Spaghetti Incident?” acabou sendo dada, mesmo, ao Rose Tattoo com seu cover feroz de “Nice Boys”.

3) Use Your Illusion I (1991)

Desde seu lançamento, o par Use Your Illusion motiva uma discussão entre fãs: como seria se os dois discos saíssem como apenas um, reunindo as “melhores canções”? Difícil, pois é complicado até mesmo enxergar esses dois trabalhos de modo separado. São um só, ainda que distribuídos em dois, já que venderia mais do que se chegasse a público como um álbum duplo. Quando se “força” a análise individual, porém, Use Your Illusion I fica um pouquinho abaixo pela presença de fillers como “Back Off Bitch”, “Don’t Damn Me”, “Garden of Eden” e “You Ain’t the First”. Ao mesmo tempo, há canções fortes como a trinca de abertura “Right Next Door to Hell” + “Dust N’ Bones” (com Izzy Stradlin no vocal) + “Live and Let Die” (cover porreta dos Wings), a emblemática “The Garden” (com Alice Cooper), a canastrona “Bad Obsession” e a quase-prog “Coma”, responsável por dar o tom do que se ouviria em II.

2) Use Your Illusion II (1991)

Além de ter menos fillers, Use Your Illusion II se sobressai por soar um pouco mais experimental e ousado em comparação a I. Aqui, o Guns N’ Roses parecia começar a preparar terreno para o que viria adiante, em uma transição jamais concluída devido à sua própria implosão. Apesar da piada de mau gosto “My World”, da tosca “Get in the Ring” e da desnecessária versão alternativa de “Don’t Cry”, o repertório ouvido em II surpreende. As elaboradas “Civil War”, “Locomotive” e “Estranged”, a melodiosa “Yesterdays”, a forte “14 Years” (novamente com Stradlin no vocal) e a arrasa-quarteirão “You Could Be Mine” são alguns dos vários momentos que tornam sua audição bem interessante.

1) Appetite for Destruction (1987)

Não havia como colocar outro álbum sem ser este na primeira posição. Sétimo disco mais vendido da história dos Estados Unidos, Appetite for Destruction provocou uma revolução no rock popular da década de 1980. O quinteto, ainda com Steven Adler na bateria, praticamente expulsou teclados e sintetizadores do hard rock e jogou fora os laquês de todo mundo — inclusive os deles próprios — para dar um pouco mais de fúria e agressividade à música daquele período. Até suas canções menos inspiradas — “Think About You” e “Anything Goes” — parecem ter propósito, já que dão algum respiro ao ouvinte para momentos imediatamente subsequentes, como o mega-hit “Sweet Child O’Mine” e a intensa “Rocket Queen”. Fora outros destaques como a abertura “Welcome to the Jungle”, a quase-punk “It’s So Easy”, a porreta “Mr. Brownstone” e “Paradise City”, que vai de versos quase rap a um refrão pegajoso. É, acima de tudo, um álbum autêntico, responsável por encapsular o que aqueles cinco músicos de fato vivenciavam no período. Se virou uma obra caricata para alguém, muito se deu em função de sua reprodução desenfreada. “Culpa” do enorme sucesso, no fim das contas.

Rolling Stone Brasil especial: Iron Maiden

Iron Maiden na capa: a Rolling Stone Brasil lançou uma edição de colecionador inédita para os fãs da banda de heavy metal. Os maiores álbuns, a lista dos shows no Brasil, o poder do merchadising do grupo e até um tour pelo avião da banda você confere no especial impresso, à venda na Loja Perfil.

Rolling Stone Brasil especial: Iron Maiden

+++ LEIA TAMBÉM: Os 5 melhores discos do Iron Maiden, segundo crítico da Rolling Stone
+++ LEIA TAMBÉM: A empolgada forma como o Guns N’ Roses descreve seu novo baterista
+++ LEIA TAMBÉM: A loucura que era tocar no Guns N’ Roses nos anos 90, segundo Matt Sorum

+++ LEIA TAMBÉM: As melhores bandas de todos os tempos para Axl Rose
+++ Clique aqui para seguir a Rolling Stone Brasil @rollingstonebrasil no Instagram
+++ Clique aqui para seguir o jornalista Igor Miranda @igormirandasite no Instagram





Fonte: rollingstone.com.br

Leia mais

PUBLICIDADE