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TCU tem nova direção, mas gastança com viagens internacionais


O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rego, gastou R$ 377 mil com duas viagens internacionais de relações institucionais. Em Varsóvia, com um assessor, esteve na cerimônia de aniversário da Instituição de Controle da Polônia. Em Bucareste (Romênia), acompanhado de dois assessores, só as diárias custaram R$ 163 mil. Mas a viagem mais cara, no valor de R$ 303 mil, foi do ex-presidente Bruno Dantas. Ele foi a Paris, com uma assessora, para representar o TCU no Fórum Global Anticorrupção. As passagens do ministro custaram R$ 93 mil; as da assessora, R$ 65 mil. A diárias do ministro e da assessora custaram mais R$ 146 mil.

As viagens internacionais de servidores do TCU sem a companhia de ministros explodiram em 2025. Elas custaram R$ 7,3 milhões até maio, sendo R$ 5,2 milhões com diárias e R$ 2,1 milhões com passagens aéreas. A grande maioria das viagens resultou da Representação do TCU em auditorias na sede do Fundo das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

A viagem do ministro Augusto Nardes para San José da Costa Rica, com um assessor, custou R$ 189 mil. As passagens somaram R$ 93 mil; as diárias, R$ 96,5 mil. Ele esteve na Reunião do Diálogo de Alto Nível sobre Profissionalização das Instituições de Controle e Conferência sobre Gerenciamento da Dívida no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento.

Viagens para reuniões técnicas

A viagem de Walton Alencar a Nova York para reuniões técnicas do Conselho de Auditores da ONU, de 5 a 28 de março, custou mais R$ 189 mil, sendo R$ 54 mil com passagem e R$ 135 mil com diárias. Bemjamin Zymler também foi a Nova York, acompanhado de assessora, para o Diálogo Global sobre Finanças Públicas e evento focado nos Países Africanos de Língua Portuguesa e Timor-Leste. As passagens custaram R$ 54,3 mil; as diárias, R$ 75 mil. O ministro ainda deu uma esticadinha de dois dias em Nova York.

O ministro Antônio Anastasia viajou acompanhado de assessor a Tashkent (Uzbequistão), para Assembleia da União Interparlamentar. A viagem custou R$ 170 mil, sendo R$ 78 mil com passagens e R$ 92 mil com diárias. Zymler também viajou a Portugal para reunião técnica “Sustentabilidade e Ética: Desenhando o Futuro da Governança Global”. Essa viagem foi “barata”: R$ 103 mil. A viagem de Anastasia a Pretória (África do Sul), acompanhado de assessor, ficou por R$ 93 mil.

O ministro Jorge Antônio Oliveira foi a Madri para representar o TCU na IDI Mastery para presidentes das Instituições de Controle da Organização Latino Americana e do Caribe. Mais uma despesa de R$ 95 mil.

Procuradores também viajaram ao exterior. O procurador-geral do TCU, Paulo Bugarin, e o procurador Júlio Marcelo viajaram a Salamanca (Espanha), para o Congresso Internacional de Controle Público e Luta Contra a Corrupção. As passagens custaram R$ 55 mil; as diárias, mais R$ 102 mil.

R$ 1 milhão para auditoria na ONU

Sete servidores estiveram na Representação do TCU em auditoria financeira na sede do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em Budapeste (Hungria) e em Nova Iorque. As 185 diárias custaram R$ 706 mil. As passagens, mais R$ 348 mil numa despesa total de R$ 1 milhão.

Cinco servidores representaram o TCU em auditoria financeira na sede da UN-Women, no Conselho de Auditores da ONU, em Nova York. Cada um deles recebeu 27,5 diárias, no valor total de R$ 546 mil. As passagens, custaram mais R$ 80 mil. Outra equipe com sete integrantes, representou o TCU em auditoria de gestão no escritório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Eles receberam 208 diárias – a maioria levou 32,5 diárias – totalizando R$ 686 mil. As passagens custaram mais R$ 137 mil.

Mais cinco servidores estiveram na Representação do TCU em auditoria financeira na sede do Fundo de Pensões do Pessoal das Nações Unidas (UNJSPF), em Nova York. As diárias custaram R$ 563 mil. As passagens, mais R$ 84 mil.

Seis servidores do TCU estiveram em auditorias no Escritório da ONU sobre Drogas e Crime e no Escritório em Viena. As diárias somaram R$ 605 mil: as passagens, R$ 170 mil – totalizando R$ 775 mil.

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Fonte: Revista Oeste

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