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sinais do céu para tempos de dor


Hoje é domingo, Dia do Senhor e Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Um dia perfeito para falar de dois nomes que são sinônimos de santidade e de milagre: Aparecida e Fátima.

As “coincidências” entre os dois títulos de Nossa Senhora são realmente impressionantes. Em 1717, ela teve sua imagem de terracota encontrada por três pescadores brasileiros no Rio Paraíba.

Exatamente duzentos anos depois, em 1917, apareceu a três crianças portuguesas na Cova da Iria. A primeira manifestação de Aparecida, quase invisível, é comemorada em 12 de outubro. O grande Milagre do Sol, em Fátima, visto por milhares de pessoas, é celebrado logo no dia seguinte, 13 de outubro — sim, amanhã.

Esses encontros não foram casuais, mas providenciais, marcando a história em tempos de grande necessidade. E as semelhanças se aprofundam quando olhamos para a escolha dos videntes e o contexto histórico.

Em Aparecida, a escolha recaiu sobre três pescadores simples que buscavam sustento. A aparição não foi grandiosa, mas um encontro humilde nas águas, seguido de uma pesca milagrosa. A imagem encontrada, escura e frágil, tornou-se um símbolo poderoso em um Brasil que vivia a vergonhosa tragédia da escravidão, dando à Padroeira e Rainha a pele de seu povo sofredor.

Em Fátima, a Virgem apareceu a três simples pastorinhos, crianças camponesas. Essa manifestação ocorreu em 1917, justamente quando o mundo começava a viver o pesadelo do comunismo e das carnificinas em massa promovidas pelos regimes totalitários. Sempre que a humanidade mergulha em angústia, Nossa Senhora aparece e aponta para o caminho, a verdade e a vida: Jesus Cristo.

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Embora, em Fátima, a Virgem tenha feito um chamado explícito à oração (o Terço), à penitência e à conversão para a salvação das almas e o fim das guerras, em Aparecida a mensagem é implícita, mas igualmente poderosa: é um sinal de que o que está quebrado pode ser restaurado pela fé.

Essa simbologia da reunificação é um dos temas centrais. A imagem de Aparecida foi encontrada em pedaços (primeiro o corpo, depois a cabeça) e cuidadosamente reunida pelos pescadores. Isso simboliza a necessidade de unir o povo e a Igreja, mostrando que a fé pode restaurar o que a história e as divisões quebraram.

Em Fátima, a mensagem também era sobre reunificação. O pedido de devoção ao Imaculado Coração de Maria tinha como objetivo a paz e a conversão da Rússia — um país ideologicamente fragmentado —, buscando a reunificação da humanidade sob a proteção da Mãe.

Em 1978, a imagem original de Nossa Senhora Aparecida foi quebrada em mais de 200 pedaços e, milagrosamente, reconstituída por uma artista.

Em 1981, o Papa João Paulo II, grande devoto de Fátima, sofreu um atentado exatamente no dia e horário da primeira aparição (13 de maio), tendo sua vida salva por um milagre que ele atribuiu a Nossa Senhora.

Esses fatos mostram que a proteção de Maria se estende sobre seus filhos, trabalhando pela conversão e pela paz em todas as esferas.

Essa relação de irmandade se manifestou concretamente na última década. Em 2014 e 2015, os santuários de Aparecida e Fátima realizaram uma troca de imagens, entronizando a imagem de uma na casa da outra. Esse gesto cimenta a união e a importância universal dessas devoções marianas.

Todos os anos, milhões de pessoas peregrinam até Fátima e Aparecida em busca de graças, bênçãos e consolações. Meu amigo Rodrigo Constantino, por exemplo, esteve recentemente em Fátima para agradecer por sua vida; um dia, tenho certeza, irá a Aparecida pelo mesmo motivo. A força desses dois nomes envolve o nosso tempo como um manto de proteção e esperança.

Nunca é demais lembrar que Fátima e Aparecida são a mesma pessoa, sobre a qual disse São Luís Maria Grignion de Montfort: “Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar; reuniu todas as suas graças e chamou-as Maria”.

Hoje é dia de Nossa Senhora — amanhã também. É tempo de dizer:
— Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós…
— Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós…
Estamos precisando, não é mesmo? Não apenas agora, mas todo santo dia.

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Fonte: Revista Oeste

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