O ministro do Turismo, Celso Sabino (União), informou nesta sexta-feira (19) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que deixará o governo. A decisão ocorre após o ultimato dado pelo União Brasil para que todos os filiados deixem os cargos no governo no prazo de 24 horas. Deputado eleito pelo Pará, Sabino se reuniu com o petista por mais de uma hora no Palácio do Planalto.
A carta de demissão deve ser entregue após o retorno de Lula de Nova York, na próxima quinta-feira (25). O ministro teria relatado ao chefe do Executivo que tem agendas importantes para cumprir nos próximos dias.
Nesta quinta-feira (18), o União Brasil aprovou uma resolução que prevê “pena de prática de ato de infidelidade partidária” aos filiados que não cumprirem a ordem. O ministro teria tentado articular sua permanência no governo por meio de uma licença do partido, mas sem sucesso.
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A expectativa é que Sabino dispute uma das vagas do Pará ao Senado nas eleições de 2026. O Ministério do Turismo, principalmente com a realização da COP 30 em Belém, seria uma vitrine para sua candidatura.
Os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), e das Comunicações, Frederico Siqueira, considerados indicações da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não devem ser afetados pela demanda do União Brasil.
O desembarque já era esperado, mas ocorreu agora, segundo nota oficial do próprio partido, após a publicação de reportagens do Instituto Conhecimento Liberta (ICL) e do portal UOL sobre a suposta ligação do presidente do União, Antonio Rueda, a uma empresa de aviões que seriam utilizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Rueda nega a acusação.
“Estou sendo alvo de ilações irresponsáveis e sem fundamento. Não há qualquer lastro fático. O que há, sim, é um pano de fundo político nestas leviandades que estão sendo orquestradas, usando-se uma operação policial séria, para atacar adversários. Estou tomando todas as medidas cabíveis, para a proteção de meu nome e da reputação do Partido que presido, contra campanhas difamatórias”, disse o dirigente nesta quinta-feira (18) em publicação no X.
Fonte: Revista Oeste