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Rô Rosa mistura temperaturas e mostra que ‘a vida é todo dia’


Em Estações, Rô Rosa passa por diferentes fases da vida em um mergulho que vai do frio do inverno ao calor do verão. Disponível desde o final de junho, o primeiro EP do artista natural de São José dos Campos (SP) é, acima de tudo, uma viagem íntima sobre as próprias reflexões e experiências.

“Foi um momento que consegui olhar para mim, entender com clareza as minhas questões. E, naturalmente, o EP nasceu”, contou à Rolling Stone Brasil. “Vejo um Rô Rosa muito mais maduro no jeito de viver a vida, de se questionar, de lidar com as coisas. O coração é o mais difícil de aprender, mas estamos aí, vivendo e aprendendo”, comentou o artista sobre a identidade que ele assume em Estações.

Lançado pelo EME Lab, selo da EME cultural, com produção musical de Patrício Sid, o EP inaugura o formato na carreira do artista, que antes priorizava os singles. “Esse projeto reflete a minha vivência perto dos 30 anos, que foi a semente que iluminou a gente. Tinha coisas novas para dizer, e o trabalho reflete bastante coisa do que eu vivi nos últimos tempos.”

Durante esse processo de amadurecimento, o cantor aprendeu que o mundo cobra movimento e gera ansiedade. Mas não dá para atropelar o andamento estações. “A gente quer tudo para ontem. Algum dia alguém inventou que com 30 anos você tem que ter tudo, carro, casa… Mas o mundo mudou e a trajetória continua depois dos 30. Uma experiência muito legal foi ter conseguido receber algumas mensagens de pessoas que tem seus 40, 50, 60 anos e que ouviram o EP e que me disseram que esses questionamentos continuam. A vida continua, a vida é todo dia.”

A cada faixa, o artista revela novas camadas de si: desde o jovem adulto que encara a dureza da vida real até o romântico que se entrega à esperança. O amor descrito no EP é sincero, falho e intenso, mas nunca raso. As letras percorrem diferentes estágios, que oscilam entre dúvida, atração, conexão, medo, reencontro e, finalmente, reconhecimento.

A sonoridade é construída sobre batidas de boom bap, somadas a instrumentos de cordas, teclados, samples delicados e levadas que misturam o charme do rap clássico, o R&B e o balanço do reggae.

“Fico muito feliz quando as pessoas conseguem reconhecer esse mix dentro do meu trabalho, da musicalidade que existe no Brasil”, comenta o artista, que cita Criolo como uma referência. Outro nome importante para a música de Rô Rosa é Yago Oproprio, com quem divide a faixa “Saudade Pra Curar”.

Reflorescendo, o artista deixa uma mensagem de amor e fé. “Acreditem no sonho de vocês. Às vezes pode parecer muito difícil. Mas pega cada obstáculo da sua vida e vê se dá para fazer de escada, usar para poder crescer.”

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Fonte: rollingstone.com.br

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