Na bronca
Alguns vereadores de Santos ficaram bastante incomodados com a decisão da Prefeitura de relançar, ontem, o programa Viva o Bairro, que tem como objetivo ouvir as demandas da população, especialmente as relacionadas à zeladoria, como poda de árvore, pintura, capinação, tapa buraco, iluminação entre outros serviços. Conforme apurado pela coluna, há entre os parlamentares o entendimento de que essa iniciativa pretende esvaziar o papel dos parlamentares.
Falta de pessoal
O Regimento Interno da Casa de Leis estabelece que cada legislador pode apresentar, no máximo, dez indicações e sete requerimentos ao Executivo por sessão. Esses pedidos têm como base reclamações e sugestões dos munícipes. “Esse Viva o Bairro é só para inglês ver. A gente anda pela cidade inteira e a população aponta os problemas. Recebemos as queixas nas redes sociais e apresentamos esses apontamentos, mas nada é feito porque faltam equipes para executar os serviços”, desabafou, em off, um integrante da base governista.
Riscos
Durante a sessão de ontem, o presidente da Câmara, Adilson Junior (PP), parabenizou a retomada do projeto, mas alertou que a Administração Municipal precisa estar preparada para oferecer respostas rápidas para não frustrar a comunidade. “Hoje eu fui à Zona Noroeste e tinha mato batendo no meu joelho. Liguei para a Subprefeitura (atual Prefeitura Regional) e fui informado que não tem uma roçadeira. Se a gente for na Ouvidoria, a gente vai ver muitas ocorrências que ainda não foram atendidas, mas agora o Viva o Bairro veio para solucionar isso”, disse o vereador, em tom de ironia.
Poupatempo municipal
O chefe do Legislativo sugeriu que uma das unidades móveis dessa iniciativa da Administração Municipal fique na porta do Parlamento, pois diversos requerimentos e indicações vieram de demandas dos munícipes. Em tom descontraído, Lincoln Reis (Pode) batizou a sugestão do colega de “Poupatempo municipal” . Ao final da fala de Adilson, a parlamentar Débora Camilo (PSOL), que faz oposição ao Executivo, tirou onda da situação: “A oposição vai crescendo…”.
Acesso negado?
Os parlamentares não foram convidados para o ato de relançamento do Viva o Bairro, ocorrido ontem, na Praça Mauá, no Centro. Sob anonimato, outro governista admitiu ter ficado incomodado ao tomar ciência dessa informação ao ler a edição de ontem da coluna. Ao falar sobre esse caso na sessão, Rafael Pasquarelli (União) adotou um tom ameno e mencionou que “faltou um pouco de sabedoria” da Administração Municipal por não ter chamado os edis para o evento.
Fala preconceituosa
A deputada estadual Solange Freitas (União) está indignada com as declarações do pastor Rogério Zayit, da Igreja Ministério Apostólico Intimidade e Poder, que associou o autismo a entidades religiosas de outras religiões. Ele afirmou que “toda pessoa que tem um autista em sua casa está ligada a um mal geracional”. As declarações repercutiram negativamente e vieram à tona justamente em abril, mês da conscientização sobre o autismo.
Indignada
A parlamentar classificou a fala do líder religioso como preconceituosa, intolerante e desrespeitosa com os autistas e as famílias atípicas. “Como deputada estadual e coordenadora de Assuntos Legislativos da Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas, seguirei lutando por um mundo mais justo para todos, seja criando leis ou combatendo o preconceito”, desabafou.
Martelo batido
Após ter disputado as eleições para a Prefeitura de Guarujá, no ano passado, o empresário Marcelo Pepe (PSB) foi sondado por alguns partidos e chegou a cogitar a possibilidade de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. No entanto, essa ideia não deverá prosperar.
De olho no Morumbi
Pepe tem a ambição de presidir o São Paulo Futebol Clube e não esconde o desejo de participar da eleição para o comando do tricolor paulista. “É a única eleição à qual eu poderei concorrer em 2026”, ressaltou ele, que foi diretor comercial da instituição nos anos de 2014 e 2015.
Saída do governo
Engenheiro civil e ex-presidente da Câmara de Mongaguá, Carlos Cafema (MDB) anunciou ontem que pediu exoneração do cargo de secretário municipal de Obras Públicas. A decisão foi tomada após uma conversa com o prefeito interino, Luiz Berbiz de Oliveira, o Tubarão (União). “Agradeço imensamente por toda confiança depositada em mim. Sigo em frente com novos trabalhos”, afirmou.
Missão cumprida
“Mostramos que em pouco tempo conseguimos fazer diversos serviços de qualidade, em tempo recorde de apenas 100 dias, atendendo diversos setores. Mostramos que dá para fazer muito mais pela nossa cidade e não somente o básico”, destacou o ex-parlamentar. Na semana passada, ele declarou apoio à pré-candidatura da ex-primeira-dama Cristina Wiazowski (PP) ao Executivo.
Fonte: BS9
