PUBLICIDADE

Quem são os membros da embaixada de Israel mortos nos EUA


O assassinato de dois funcionários da embaixada israelense nos EUA chocou o mundo nesta quinta-feira (22). Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim foram mortos a tiros na noite desta quarta-feira, em frente ao Museu Judaico de Washington, onde estava acontecendo um evento do Comitê Judaico Americano (AJC).

Além de colegas de trabalho, as vítimas formavam um casal que, segundo o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, estava prestes a ficar noivo. “O jovem comprou um anel esta semana com a intenção de pedir a namorada em casamento na semana que vem em Jerusalém. Eles formavam um lindo casal”, disse ele em uma publicação nas redes sociais.

Novos detalhes dos funcionários, divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, esclarecem que Yaron Lischinsky tinha 30 anos e trabalhava como assistente de pesquisa no departamento político da embaixada em Washington. Informações do LinkedIn, rede social focada em negócios, apontam que ele atuava como assistente de pesquisa para Assuntos do Oriente Médio e do Norte da África no Departamento Político da embaixada desde setembro de 2022.

Lischinsky tinha um passaporte alemão, informação que foi transmitida pelo ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, a parlamentares nesta quinta-feira. Segundo ele, o jovem era um diplomata israelense e tinha cidadania alemã.

De acordo com a BBC, o jovem era um cidadão israelense nascido na Alemanha, serviu três anos nas Forças de Defesa de Israel (FDI) e fez um mestrado em diplomacia governamental e estratégia pela Universidade Reichman, em Israel.

Já Sarah Milgrim, sua namorada de 26 anos, organizava missões e viagens de delegações para Israel no Departamento de Diplomacia Pública da embaixada desde novembro de 2023.

Seu perfil no LinkedIn informa que ela fez dois mestrados, um em estudos internacionais pela American University, em Washington, e outro em recursos naturais e desenvolvimento sustentável pela UN University for Peace, além de bacharelado em estudos ambientais pela University of Kansas.

Em entrevista ao The New York Times, o pai da funcionária da diplomacia israelense, Robert Milgrim, relatou que as vítimas se conheceram logo após a filha começar a trabalhar na embaixada em Washington, aproximadamente há um ano e meio.

Funcionários da embaixada israelense foram mortos em ataque investigado como antissemita em Washington. Crédito: Reprodução/X/Governo de Israel

Ele acrescentou que não sabia dos planos de Lischinsky de pedir Milgrim em casamento, mas era algo que “poderia ser presumido”, segundo ele.

Robert detalhou na conversa que a vítima cresceu em Prairie Village, no Kansas, e elogiou o casal. “Ele [Lischinsky] era muito parecido com Sarah: apaixonado, extremamente inteligente, dedicado ao que faz, sempre em prol do que é certo”, contou.

O casal pretendia realizar uma viagem para Israel no próximo final de semana, a fim de Milgrim conhecer os pais do namorado. “Há alguns meses, ela nos contou que planejava viajar com Lischinsky para conhecer sua família em Jerusalém pela primeira vez”, afirmou Robert, pai da vítima de 26 anos.

Segundo a reportagem do Times, o que os pais da jovem não sabiam, vindo a descobrir depois do ataque fatal, é que o funcionário da embaixada israelense havia comprado um anel de noivado esta semana, pouco antes da viagem programada.

A mãe da vítima, Nancy Milgrim, tinha combinado com a filha de viajar para sua casa nesta sexta-feira (23) para cuidar de seu cachorro no período da viagem.

No entanto, notícias da tragédia começaram a chegar para a família ainda na noite desta quarta-feira. Segundo o The New York Times, Robert Milgrim estava se preparando para dormir quando recebeu notificações em seu celular sobre o atentado em Washington, em um evento do Comitê Judaico Americano, do qual sua filha fazia parte.

Sua esposa, Nancy, decidiu abrir o aplicativo de localização da família em tempo real, pelo celular, percebendo que a filha estava no Museu Judaico da Capital no momento do tiroteio.

Momentos depois, o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, ligou para a família da vítima para relatar o que havia acontecido.

Após o ataque mortal, o governo de Israel aumentou a segurança em suas missões diplomáticas pelo mundo.



Fonte: Revista Oeste

Leia mais

PUBLICIDADE