Apesar do apelo de uma das pessoas que acusam Ed Sheeran de copiar “Let’s Get It On”, de Marvin Gaye, a Suprema Corte não irá julgar o caso de direitos autorais envolvendo o sucesso “Thinking Out Loud”. Nesta segunda-feira, o tribunal superior recusou-se a analisar a ação que alegava que Sheeran infringiu os direitos autorais da canção de Gaye.
“Nenhum júri razoável poderia concluir que as duas músicas, consideradas em sua totalidade, são substancialmente semelhantes, tendo em vista suas melodias e letras diferentes”, escreveu o juiz Michael Park, da Corte de Apelações do Segundo Circuito dos EUA, segundo o USA Today.
Em novembro passado, esse mesmo tribunal decidiu que Sheeran não violou os direitos autorais da música de Gaye, afirmando que as canções compartilham apenas os “blocos fundamentais de construção musical”. O processo original, movido pela empresa Structured Asset Sales, que possui uma pequena participação na música de Gaye, argumentava que Sheeran teria copiado uma progressão de acordes e o ritmo de “Let’s Get It On”.
“Estamos satisfeitos que o Segundo Circuito concordou com o juiz Stanton que Ed Sheeran e Amy Wadge não infringiram ‘Let’s Get It On’ ao criar ‘Thinking Out Loud’”, disse o advogado de Sheeran, Donald Zakarian, à Rolling Stone em novembro. “Essa decisão é coerente com o veredito do júri que rejeitou qualquer alegação de infração no caso Griffin, ao concluir que Ed e Amy criaram ‘Thinking Out Loud’ de forma independente”.
Embora a decisão desta segunda-feira encerre este processo contra Ed Sheeran, um outro caso movido pela Structured Asset Sales (SAS) ainda pode avançar na justiça federal. Essa segunda ação tenta processar Sheeran com base em uma versão gravada e detalhada da música de Marvin Gaye, cujo andamento estava suspenso no sistema judiciário.
“A Suprema Corte dos EUA estava ciente disso e entende que o caso seguirá adiante, e pode muito bem voltar à Suprema Corte em outro momento”, afirmou David Pullman, responsável pela SAS, à Billboard.
Em declaração separada, Zakarian expressou concordância com a decisão tomada pelo tribunal nesta segunda-feira e criticou a tentativa da SAS de abrir um segundo processo. “Se [Pullman] realmente acreditasse que o segundo processo que ele entrou é tão convincente — o que não é — ele não teria passado os últimos dois anos insistindo em seu primeiro caso fracassado”, afirmou Zakarian.
Este artigo foi originalmente publicado pela Rolling Stone EUA, por Tomás Mier, no dia 16 de junho de 2025 e pode ser conferido aqui.
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Fonte: rollingstone.com.br