A relação entre Tom Morello e a guitarra esteve por um fio antes mesmo de começar. O músico, aclamado pela trajetória em bandas como Rage Against the Machine e Audioslave, quase se afastou do instrumento ainda na infância.
O motivo? Ficou traumatizado com as aulas de violão.
Em entrevista à WARP Magazine (via Ultimate Guitar), o guitarrista relembrou esse período inicial de seu envolvimento com a música e como quase de distanciou dela para sempre.
Segundo ele, tudo começou aos 13 anos, quando odiou as primeiras lições formais com um professor de violão:
“Eu tinha um violão aos 13 anos, fiz duas aulas de violão e isso me fez não querer mais tocar música. Então, peguei o violão novamente só aos 17, quando descobri o punk rock. E foi assim que começou minha jornada que me levou a esta entrevista.”
Morello conta que queria tocar as músicas que gostava de ouvir e não ficar aprendendo a parte teórica do violão. Por isso as aulas iniciais foram tão angustiantes para ele:
“Fiz duas aulas e queria aprender músicas do Kiss e do Led Zeppelin, e eles queriam me ensinar escalas e como afinar a guitarra. Eu achava aquilo tão chato, não tinha o menor interesse.”
Tom Morello autodidata
Isso influenciou, de certa forma, até mesmo sua técnica. Tom Morello se tornou um autodidata e conta que buscou aprender sozinho os truques que via suas bandas favoritas fazerem – nessa época, já ligadas mais ao punk.
Ele recorda:
“Quando comecei a tocar de novo, aos 17 anos, estava determinado a não aprender nada com ninguém. Era aquele espírito do punk rock em que – eu não preciso de aulas, não preciso de uma boa guitarra, não preciso de nada disso. Eu só preciso de um ponto de vista, e era isso mesmo.”
Mesmo sem instrução formal, Morello se tornou um dos grandes nomes do instrumento. E garante que ainda mantém como regra número em seu vocabulário de guitarra a criatividade e o ethos do it yourself (“faça você mesmo”, em português):
“Entre aquela época e agora, pratiquei violão, aprendi alguns acordes e algumas notas ao longo do caminho, mas aquela centelha inicial de querer ser criativo em prol dessa expressão sem seguir regras é o que ainda me resta.”
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Fonte: rollingstone.com.br
