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Por que os velhos rockstars não se aposentam? Alice Cooper e Deep Purple explicam


O Brasil, mais especificamente a cidade de São Paulo, receberá duas atrações lendárias de rock nos próximos dias. Compondo o lineup do festival Best of Blues and Rock, Alice Cooper e Deep Purple se apresentam, respectivamente, nos dias 14 e 15 de junho.

São atrações clássicas e veteranas do estilo musical. Vincent Furnier, o homem por trás do personagem Alice, tem 77 anos. Dois integrantes do Purple — o vocalista Ian Gillan e o baixista Roger Glover — estão com 79, enquanto outra dupla da mesma banda — o baterista Ian Paice e o tecladista Don Airey — assopraram 76 velinhas recentemente.

Nenhum deles desacelerou o ritmo de atividades, seja em turnê ou em estúdio. O Purple lançou um novo álbum no ano passado, enquanto Cooper libera um disco nos próximos dias. O cantor americano realizou quase 80 shows no ano passado, enquanto o grupo inglês subiu ao palco 65 vezes no mesmo período. Em média, um show a cada 4 ou 5 dias — em meio a longas viagens, inclusive internacionais.

Deep Purple (E-D): Roger Glover, Don Airey, Ian Paice, Ian Gillan, Simon McBride – Foto: Jim Rakete

O que motiva caras em idade avançada a continuarem com suas carreiras? Ambas as atrações responderam a esta pergunta em entrevista à Rolling Stone Brasil. Alice, de início, afirmou:

“Se fosse só pelo dinheiro, teríamos nos aposentado há 30 anos, porque ganhamos muito dinheiro. Artistas e bandas como os Rolling Stones, Paul McCartney e afins seguem fazendo isso porque nasceram para isso. Eu nasci para interpretar Alice Cooper, então, farei isso até que eu não possa mais. Nunca me canso de interpretar o personagem, nem da música. É impossível ficar entediado quando se está em uma banda onde todos são amigos e ainda pode viajar pelo mundo.”

Alice Cooper em 2024
Alice Cooper em 2024 – Foto: Roberto Finizio / Getty Images

Ian Gillan, por sua vez, enxerga algo muito forte entre seu trabalho e o público. O cantor declara:

“Não é coincidência que tenhamos tantos anos na estrada. Acho que é simplesmente porque existe uma comunhão absoluta entre público e banda. Há um elemento de confiança ali. Não é falso. É real. Não se esconde isso com publicidade, truques ou qualquer tipo de artifício. É genuíno. Sempre acreditei nisso.”

É o que eles sabem fazer

Também participando do bate-papo, Ian Paice, único integrante a participar de todas as formações do Deep Purple, deixou claro: rock and roll é tudo o que essa turma sabe fazer. Afinal de contas, foi com isso que trabalharam a vida toda.

“Começamos ainda garotos tocando em pubs, ou na garagem, porque era divertido. Até hoje, subir no palco e fazer tudo isso nos deixa felizes. Algumas noites são mais problemáticas do que outras, mas, via de regra, você está fazendo algo que gosta. Não se tem a obrigação de ir para o escritório às 8h30 de segunda-feira. Somos abençoados por ter encontrado algo em nossas vidas que nos faz felizes.”

Ian Paice, baterista do Deep Purple
Ian Paice, baterista do Deep Purple – Foto: Scott Legato / Getty Images

A mesma questão destacada por Gillan é apontada por Paice: o público gosta. O baterista conclui:

“E parece que isso também faz muitas outras pessoas felizes. Todos ganham. Um dia, esperançosamente em um futuro distante, não seremos mais capazes de fazer isso. Então, enquanto pudermos fazer isso e nos divertir, por que diabos pararíamos?”

Serviço — Best of Blues and Rock 2025

Local: Parque Ibirapuera, São Paulo

Lineup:

  • Sábado, 7 de junho: Dave Matthews Band, Richard Ashcroft, Cachorro Grande, Vitor Kley
  • Domingo, 8 de junho: Dave Matthews Band, Richard Ashcroft, Barão Vermelho, Soul Lee: Paula Lima canta Rita Lee
  • Sábado, 14 de junho: Alice Cooper, Black Pantera, Charlie Brown Jr Marcão Britto & Thiago Castanho
  • Domingo, 15 de junho: Deep Purple, Judith Hill, Hurricanes

Ingressos: no site Eventim

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Fonte: rollingstone.com.br

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