Há pouco menos de um ano, o Linkin Park anunciava seu retorno oficial, com o lançamento de um novo disco, turnê e a vocalista Emily Armstrong ocupando o posto de Chester Bennington, falecido em 2017.
A volta de uma das bandas mais populares do new metal gerou grande expectativa, mas também um forte questionamento. Por que seguir em frente sem o cantor original, um dos pilares do grupo?
Até hoje, o assunto ainda rende comentários por parte de Mike Shinoda, também cantor e multi-instrumentista da banda americana. Em recente entrevista ao podcast Broken Record (via Blabbermouth), ele voltou a abordar o tema e atribuiu a reunião do Linkin Park ao desejo de continuar se desafiando como músico.
Shinoda explicou, citando que não gostaria que o capítulo final da banda fosse a morte de Chester:
“Acho que uma das coisas que realmente nos impulsionou foi a ideia de que se tivéssemos simplesmente parado e dito: ‘Ok, foi uma boa fase’, e desistido, essa seria uma péssima maneira de a banda terminar ou parar de fazer música nova. Essa é uma história horrível. Ninguém quer ler esse livro. E, em vez disso, poder dizer: ‘E então os caras se recompuseram e se levantaram’, esse, para mim, é exatamente o livro que eu quero ler. Essa é a coisa mais difícil de fazer e a mais intimidante, a mais desafiadora, a que mais poderia dar errado, honestamente. E para nós mesmos, para nossos filhos, para nossos fãs, fazer isso e dizer… Sim, corremos riscos enormes com isso.”
Apesar de lamentar a morte do vocalista original e de ter tido que passar por um momento de luto, Shinoda revela que a banda sempre teve o intuito de retomar as atividades.

De acordo com o músico, não foi necessário fazer terapia em conjunto ou algo do tipo. Segundo ele, os integrantes são todos “inteligentes emocionalmente” e souberam encarar a situação com maturidade.
Shinoda argumenta:
“Não sei se temos algum problema com autoridade ou algo assim, mas esse tipo de coisa (terapia), nós esbarramos nela e não funcionou bem para nós porque simplesmente sentimos que a pessoa, se houver um mediador, não nos conhece. Porque eles não nos conhecem. Nós nos conhecemos (…) Eu amo a banda. Se eu estou fazendo algo que a deixa desconfortável ou chateado, então estou me machucando. Então, acho que, felizmente, temos uma banda muito inteligente emocionalmente, que consegue se autorregular até certo ponto.”
Uma mulher nos vocais do Linkin Park
Ele também destacou a importância de ter uma mulher como vocalista e minimizou as críticas de fãs que torceram o nariz ao ver Emily Armstrong no lugar de Chester:
“Essa pessoa será substituída por uma garota de 15 anos que diz: ‘Eu nunca curti música alta e pesada antes, mas quero aprender a tocar guitarra agora’. E eu adoro isso.”
Emily Armstrong, de 39 anos e que cresceu como fã da banda, foi anunciada no posto de vocalista do Linkin Park em setembro de 2024.
Ela estreou em From Zero (2024), disco que marcou o retorno do Linkin Park. Foi o primeiro disco de estúdio da banda desde One More Light (2017).
Shows no Brasil
O Linkin Park retorna ao Brasil em novembro para três shows. A banda se apresenta em Curitiba (Estádio Couto Pereira, 05/11), São Paulo (Estádio MorumBIS, 08/11) e Brasília (Arena BRB Mané Garrincha, 11/11). Ingressos estão à venda no site Ticketmaster.
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Fonte: rollingstone.com.br