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Por que o Black Sabbath trazia mafiosos para serem seus empresários


Grande precursor do heavy metal, o Black Sabbath se envolveu não apenas com um tipo de som “barra-pesada”. Ao longo de sua trajetória, o grupo esteve ligado a pessoas que se encaixam nesse conceito.

A banda de Birmingham, na Inglaterra, colecionou vários empresários problemáticos. Pelo menos dois deles se notabilizaram por ter ligação direta com a máfia: Wilf Pine e Don Arden.

Pine é considerado, simplesmente, o primeiro inglês a ter sido aceito pela máfia americana. Arden, por sua vez, ganhou o apelido de “Al Capone do pop” devido a sua postura truculenta no manejo dos negócios. Ambos estiveram à frente da carreira do Sabbath.

Black Sabbath – Foto: Vinnie Zuffante/Getty Images

Em entrevista à Classic Rock, Tony Iommi relembrou a inusitada tendência da banda de se vincular com o que chamou de “vilões da vida real”. Ele disse:

“Conheci alguns vilões da vida real ao longo dos anos. Ex-empresários e a máfia, esse tipo de coisa. A banda se envolveu em muita coisa no começo. Havia certas pessoas que queriam ser empresários da banda porque era mais um motivo para se destacarem.”

O “método” de Wilf Pine

Ao explicar a “política” de negociação de Pine no mundo da música, o guitarrista do Black Sabbath deu pistas sobre o que levou a banda a aceitar trabalhar com esse tipo de empresário: táticas controversas à parte, acabava funcionando. Ele destacou:

“Havia Wilf Pine, que esteve conosco no começo. Ele e um sujeito grandalhão chamado Arnie costumavam andar por aí carregando uma maleta enorme com um martelo dentro. E se você não recebesse, eles quebravam os joelhos de alguém. Era o tipo de coisa que acontecia naquela época, porque não havia advogados especializados em música. Eles tinham que bater em alguém para conseguir dinheiro.”

O “jeitinho” de Don Arden

Já o famoso Don Arden vai muito além do rótulo de “pai de Sharon Osbourne“. Bem antes de se tornar sogro de Ozzy Osbourne, ele já havia sido empresário de ícones do rock como Jerry Lee Lewis, Little Richard, Gene Vincent e Small Faces.

Geezer Butler, baixista do Sabbath, falou sobre a fama de Don Arden em uma participação no The Rock Podcast (via Ultimate Classic Rock):

“Ele era um gangster notório. Ele era chamado de ‘Poderoso Chefão do Rock’ e tinha métodos realmente de gângster na forma como conquistava bandas. Ele ficou famoso por enforcar Robert Stigwood, o empresário dos Bee Gees, pela janela porque Robert tentou roubar uma das bandas de Don.”

Don Arden em 1968, quando era empresário do grupo Amen Corner
Don Arden em 1968, quando era empresário do grupo Amen Corner – Foto: Frederick R. Bunt / Evening Standard / Getty Images

Don Arden faleceu em 2007 e teve seu obituário, feito pelo jornalista e escritor Mick Wall, publicado no Daily Mail. Nele, consta uma de suas frases mais emblemáticas, dirigidas a Wall, que também é biógrafo do Sabbath:

“Não importa quem está certo ou errado, garoto. O que importa é quem vence. E eu sempre fui um vencedor, não importa o que digam de mim.”

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Fonte: rollingstone.com.br

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