Uma manifestação de indígenas que estão em Brasília para o Acampamento Terra Livre gerou um tumulto no início da noite desta quinta-feira, 10, no Congresso Nacional.
Os indígenas estavam mobilizados em frente ao Ministério da Saúde quando se dirigiram para um protesto no gramado de acesso ao Congresso Nacional.
Um agente da Polícia Legislativa informou a Oeste que houve o uso de gás lacrimogêneo contra os manifestantes no momento em que se aproximavam do edifício. Os integrantes da manifestação avançaram até a metade do gramado em frente ao Congresso Nacional, mas foram interrompidos pela ação da polícia. As saídas foram fechadas. Os policiais que estavam em casa foram convocados para retornarem.
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Até as 19h, a orientação da chefia da Polícia Legislativa era para que todos os quadros da corporação estejam no local para auxiliar na dispersão dos indígenas.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal também se deslocaram para a Esplanada dos Ministérios. Além da manifestação, foi registrado um acidente — porém, ainda não há informações.
Indígenas teriam rompido defesa do Congresso
A Câmara dos Deputados emitiu uma nota sobre o ocorrido. “Cerca de mil indígenas que participavam da marcha do Acampamento Terra Livre romperam a linha de defesa da Polícia Militar do Distrito Federal”, afirmou a Casa, que sinalizou para o registro de violência por parte dos manifestantes. “Derrubaram os gradis e invadiram o gramado do Congresso Nacional.”
“As Polícias Legislativas Federais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal usaram agentes químicos para conter a invasão e impedir a entrada no Palácio do Congresso”, destacou o texto da Câmara.
Ainda em nota, a Câmara sinalizou que o movimento indígena, composto por cerca de 5 mil manifestantes, tinha como objetivo chegar até a Avenida José Sarney, anterior à Avenida das Bandeiras, que fica próxima ao gramado do Congresso Nacional.
“Mas, parte dos indígenas resolveu avançar o limite”, prosseguiu o texto. “A situação já foi controlada e o policiamento das duas Casas Legislativas, reforçado.”
Em caráter reservado, a assessoria de imprensa de uma parlamentar ligada ao movimento admitiu que o grupo não tinha autorização para acessar as imediações do Congresso Nacional.
O Senado Federal também se posicionou sobre o caso. Segundo a nota da Casa Alta, “a dissuasão foi realizada exclusivamente por meios não letais e a ordem foi restabelecida.”
Fonte: Agência Brasil