Nesta última terça-feira, 17, ficou disponível, no Disney+, o sétimo episódio de Alien: Earth, uma série prequel da franquia criada por Ridley Scott. Nela, acompanhamos a empresa Prodigy estudando híbridos e espécimes que “caíram em seu território”.
Desde o início, já sentimos que Alien: Earth veio com um ritmo diferente. Não seria uma daquelas séries revolucionárias e com ritmo acelerado e, quanto mais rápido o espectador compreender isso, melhor. Similar a produções como Blade Runner, o foco não está na violência, mas em uma ficção científica mais existencialista.
Mas é nesse ponto que há controvérsia: o primeiro é um filme, o segundo, uma série. Mesmo com a linguagem parecida, o tempo de comprometimento do espectador não é o mesmo e, em Alien: Earth, essa lentidão cansa.
Neste último episódio, acontece tudo o que você já podia imaginar. O roteiro aposta no confortável e decide brincar com os espectadores apenas da metade para o final (curiosamente, é nesse momento que a qualidade aumenta). Com dois xenomorfos à solta (um deles nascido devido às decisões de dois patetas), a ilha começa a ruir e personagens como Boy Kavalier (Samuel Blenkin, Mickey 17) e Hermit (Alex Lawther, Andor) começam a se movimentar.
Outro acerto é acompanhar a trama da Wendy (Sydney Chandler, Não se Preocupe Querida) controlando o Alien. Sabíamos que isso poderia acontecer, afinal, nenhum humano poderia ter tanto contato com xenomorfos sem sair morto e isso não seria nada interessante para o desenvolvimento de uma produção que traz essas criaturas para a Terra com um monte de humanos.
Resta-nos esperar pela próxima semana e pelos desdobramentos deste prequel. Felizmente, ao fim deste episódio não dá para ter muita noção do que vem aí, mas é sempre bom lembrar: uma produção não é boa só porque a sua última metade foi boa.
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Jornalista em formação pela Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, Giulia Cardoso começou em 2020 como voluntária em portais de cinema. Já foi estagiária na Perifacon e agora trabalha no núcleo de cinema da Editora Perfil, que inclui CineBuzz, Rolling Stone Brasil e Contigo.
Fonte: rollingstone.com.br