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Para EUA, Brasil não fez ofertas relevantes para negociar tarifas


A poucos dias do prazo para entrarem em vigor as tarifas de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, a Casa Branca avalia não ter percebido envolvimento relevante ou ofertas significativas do Brasil na negociação de um acordo. A afirmação foi feita por uma autoridade do governo americana ao jornal “Folha de S. Paulo”.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, diz que o processo formal de tratativas está travado em razão da falta de um sinal verde por parte da Casa Branca. As ofertas já estariam em negociação ainda antes do presidente americano, Donald Trump, anunciar a elevação da tarifa de 10% para 50%.

O governo afirma, por outro lado, que não fará concessões em relação às questões políticas utilizadas por Trump para justificar as tarifas. O americano disse que vai aplicá-las, em parte, devido a uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou contato com o homólogo nos Estados Unidos, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, mas teria recebido como resposta a informação de que o processo está na Casa Branca.

Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, conversou com o secretário do Comércio, Howard Lutnick. A mensagem que teria sido passada ao ministro é a de que a decisão sobre a negociação também está com Trump.

Na sexta-feira (25), Lula disse que Alckmin tenta diariamente, sem sucesso, negociar com os Estados Unidos. “Todo dia ele liga para alguém e ninguém quer conversar com ele”, disse o petista.

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Ainda em maio, integrantes do governo brasileiro dizem ter enviado uma proposta de negociação por meio de carta ao governo americano, quando as tarifas sobre produtos brasileiros ainda estavam definidas em 10%.

Na correspondência constavam pedidos de isenção ou redução do tributo para certos produtos, com concessões por parte do Brasil em contrapartida.

Uma nova carta foi enviada na semana passada, na qual Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, manifestam indignação e cobram resposta dos Estados Unidos sobre a nova sobretaxa anunciada para o Brasil.



Fonte: Gazeta do Povo

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