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Os 6 piores versos de ‘The Life of a Showgirl’, de Taylor Swift, segundo Rolling Stone


Quando Taylor Swift anunciou seu 12º disco de estúdio, The Life of a Showgirl (2025), com identidade visual inspirada na linguagem burlesca, as expectativas se voltaram para um trabalho diferente do que a artista de 35 anos vinha apresentando. Seu formato já mostrava sinais de desgaste devido à repetição de temas e sonoridade — sem refletir o status de estrela do pop global, capaz de lotar estádios e acumular bilhões de reproduções nas plataformas digitais. No entanto, ao ser lançado nesta sexta-feira, 3, o álbum trouxe mais uma leva de músicas medianas e, em alguns momentos, constrangedoras.

Ao longo de 13 faixas, Swift investe em uma sonoridade pouco inspirada e se mantém na zona de conforto de trabalhos anteriores. As letras, por sua vez, revelam pouca inventividade, parecendo exercícios e reflexões infantis, recheadas de analogias simplórias e indiretas estranhas. O cenário burlesco permanece apenas nas imagens de divulgação e na identidade visual, sem o sarcasmo ou a acidez esperados.

Com tudo isso, a Rolling Stone Brasil selecionou abaixo os seis piores versos de The Life of a Showgirl, dos mais constrangedores aos sem sentido.

Taylor, a vítima

Em “Eldest Daughter“, quinta faixa do disco, Taylor Swift faz um discurso simplista, com voz e piano, sobre a falta de empatia no ambiente online. Em seguida, fala sobre seu azar no amor, relembrando uma situação da infância na “última vez que eu ri tanto assim”.

Todo mundo é tão punk na internet
Todo mundo está despreocupado até que não está
Toda piada é só trollagem e memes
Triste, mas é verdade: apatia é atraente
Todo mundo é impiedoso nos comentários
Cada opinião polêmica é fria como gelo
Quando você me encontrou, eu disse que estava ocupada
Aquilo foi uma mentira

Sabe, a última vez que eu ri tanto assim foi
No trampolim no quintal de alguém
Eu devia ter uns oito ou nove anos
Foi naquela noite que caí e quebrei o braço
Logo aprendi a ter uma cautelosa discrição
Quando sua primeira paixão esmaga algo gentil
Quando eu disse que não acredito em casamento
Aquilo foi uma mentira


Indireta?

A música mais polêmica — e uma das piores — de The Life of a Showgirl é “Actually Romantic“, na qual fãs acreditam que Swift faz algumas indiretas a Charli XCX. Logo de cara, a faixa começa com uma declaração de mau gosto: “Ouvi dizer que você me chamou de ‘Barbie Chata‘ quando a cocaína te deixou com coragem”. Para piorar, compara essa inimizade com um sentimento romântico: “Tenho mesmo que reconhecer / Nenhum homem jamais me amou como você”.

Ouvi dizer que você me chamou de “Barbie Chata” quando a cocaína te deixou com coragem
Cumprimentou meu ex com um high five e depois disse que ficou feliz por ele ter me dado um fora
Me escreveu uma música dizendo que fica com enjoo de ver meu rosto
Algumas pessoas poderiam se ofender

Mas, na verdade, é doce
Todo o tempo que você gastou comigo
É sinceramente louco
Todo o esforço que você colocou nisso
É, de fato, romântico
Tenho mesmo que reconhecer, ooh
Nenhum homem jamais me amou como você


“Crítica” à indústria

O que começa como uma crítica à superficialidade de alguns artistas da indústria fonográfica (“Eles querem aquela vida de iate, sob as hélices do helicóptero” / “Eles querem aquelas luzes brilhantes e os óculos da Balenciaga”) se transforma, de repente, em uma confissão sobre um amor realizado, provavelmente direcionado ao noivo, Travis Kelce (“Achei que tinha acertado, uma vez, duas, mas não acertei” / “Você me pegou desprevenida”).

Eles querem aquela vida de iate, sob as hélices do helicóptero
Eles querem aquelas luzes brilhantes e os óculos da Balenciaga
E uma bunda grande com um rostinho de bebê
Eles querem tudo
Eles querem aquela personagem feminina complexa
Eles querem aquele sucesso de crítica, a Palma de Ouro
E um Oscar no chão do banheiro
Eles querem tudo

Eu fiz pedidos a todas as estrelas
Por favor, Deus, me traga um melhor amigo que eu ache atraente
Achei que tinha acertado, uma vez, duas, mas não acertei
Você me pegou desprevenida
Espero conseguir o que eu quero (conseguir o que eu quero)
Porque eu sei o que eu quero


Sensualidade constrangedora

A faixa com a sonoridade mais interessante do álbum, um pop animado guiado por guitarra e bateria, se perde em analogias sexuais constrangedoras. A comparação do pênis com “árvore de sequoia” e “varinha mágica” culmina na frase “o amor dele foi a chave que abriu minhas coxas”, que provoca vergonha alheia.

Me perdoe, parece presunçoso
Ele me hipnotizou e abriu meus olhos
Árvore de sequoia, não é difícil de ver
O amor dele foi a chave que abriu minhas coxas

E, amor, eu admito, tenho sido um pouco supersticiosa
A maldição em mim foi quebrada pela sua varinha mágica
Parece que você e eu, juntos, fazemos a nossa própria sorte
Novas alturas de masculinidade
Não preciso bater na madeira


Cancelamento de amigos

Em “CANCELLED!“, Swift tenta abordar o lado sombrio da fama, com atenção indesejada e pessoas interesseiras, adotando um tom mais intimista. No entanto, falha ao se colocar novamente como vítima da indústria — posição que dificilmente ocupa.

Ainda bem que eu gosto dos meus amigos cancelados
Gosto deles encobertos de Gucci e escândalo
Gosto do meu whiskey sour
E das flores espinhosas e venenosas
Bem-vindo ao meu submundo
Onde fica bem sombrio
Pelo menos você sabe exatamente quem são seus amigos
São aqueles com cicatrizes iguais


Mágoas passadas

Father Figure” traz uma reflexão mais profunda sobre arrependimento com um amigo de infância que morreu, misturada a um interessante autoempoderamento. De certa forma, Swift tenta replicar isso em “Honey“, na qual relembra uma discussão de bar com outra mulher, mas não consegue atingir o mesmo efeito.

Quando alguém me chamava de “Querida”
Era de forma passivo-agressiva no bar
E a vadia estava me mandando recuar
Porque o namorado dela havia me olhado de forma errada
Se alguém me chamava de “Docinho”
Era na frente do espelho do banheiro, dentes brancos
Eles estavam dizendo que aquela saia não me servia
E eu chorei o caminho todo de volta para casa

+++LEIA MAIS: As músicas de amor mais românticas de Taylor Swift, segundo Rolling Stone


Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, gosta de ver filmes e séries e ficar com as duas calopsitas de estimação no tempo livre. Na carreira, tem passagem por Rádio Gazeta AM, Exitoína, CineBuzz e Showmetech.



Fonte: rollingstone.com.br

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