Há duas décadas celebrando o melhor da música brasileira, o João Rock reuniu milhares de entusiastas para curtir as mais de 30 atrações que passaram pelos quatro palcos da 22ª edição do festival, que aconteceu no último sábado, dia 14 de junho, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
A redação de Rolling Stone Brasil marcou presença no João Rock 2025 e se dispôs à árdua tarefa de selecionar as melhores apresentações da edição deste ano. A seguir, confira o que achamos de 10 deles, de Duquesa a Seu Jorge:
BaianaSystem
O palco do BaianaSystem sempre teve um sistema complexo. No atual espetáculo, Lundu Rock Show, o grupo conta com instrumentos como metal, duas guitarras baianas, vocais, baixo, guitarra, teclados e sintetizadores. Parece muita coisa, mas tudo isso se conversa no palco. Aliado ao talento instrumental e sonoro do BaianaSystem, todos os recursos visuais — figurinos, telão de LED e painéis da banda — complementam a apresentação e faz com que a experiência se eleve ainda mais. É daqueles shows que você precisa ver antes de morrer.
Cidade Negra
Lá em 2002, na primeira edição do João Rock, Cidade Negra fez parte do line-up ao lado de Titãs, Ira! e CPM22. Então, 23 anos depois, a icônica banda de reggae voltou ao evento com um repertório especial, que celebrou a música como instrumento de paz e mudanças e ainda contou com participação do Playing for Change. Quem assistiu, certamente curtiu.
Drik Barbosa convida Budah e Cristal
Pela primeira vez com um show solo no João Rock, Drik Barbosa deu continuidade à nova turnê, que acontece alguns meses após a cantora passar por alguns problemas de saúde. Com participações de Budah e Cristal, dois nomes expoentes do rap brasileiro, a apresentação celebrou a união entre as artistas.
Duquesa
No estúdio pode ser fácil para um artista fazer um longo flow de rima sem parar para respirar — afinal, é um ambiente controlado. Mas quem sabe faz ao vivo. Em diversos momentos de sua apresentação no João Rock, Duquesa imprimiu suas rimas rápidas tranquilamente. Destaque para o “Ele liga no meu iPhone querendo uma noite daquelas/Adora essa vida que eu proporciono e diz que, na cama, eu sou perversa” de “Disk P@#$%&!”. Leia a resenha completa clicando aqui.
Melly convida Sued Nunes
Abrindo o Palco Aquarela, Melly esbanjou talento com repertório que inclui músicas do início da carreira e do primeiro disco de estúdio, Amaríssima, lançando em 2024. Ela ainda chamou Sued Nunes para cantar duas músicas. Porém, infelizmente, elas não realizaram um dueto.
Um dos destaques foi o figurino estiloso de Melly, que estava com uma espécie de terno com algumas correntes prateadas penduradas. Por toda apresentação, a artista comprovou que, além de excelente cantora, é uma performer de ponta. Leia a resenha completa clicando aqui.
Nando Reis
Se o frio já castigava Ribeirão Preto desde o início da noite do sábado, ele se tornou insuportável quando Nando Reis subiu ao palco principal do João Rock para lançar uma chuva de hits melosos, que embalou casais apaixonados e deixou solteiros com dor de cotovelo. Logo no início da apresentação, nos primeiros acordes do sucesso “Marvin”, o maior coro de vozes do dia subiu da plateia, acompanhando o artista que, em diversos momentos, poupou a voz e deixou o público cantar em seu lugar. Leia a resenha completa clicando aqui.
Planet Hemp
Responsável por encerrar o festival, com show no Palco João Rock, o Planet Hemp seguiu com toda intensidade da era Jardineiros, disco que marcou o retorno do icônico grupo liderado por BNegão e Marcelo D2. Quem acompanhou os shows da banda desde o retorno não teve muitas surpresas em relação ao repertório, mas Planet Hemp — como sempre — entregou muita energia e, claro, o raprockandrollpsicodeliahardcoregga que amamos.
Rael convida FBC e Rincon Sapiência
Quem assistiu ao show de Rael pela primeira vez no palco principal do João Rock pode ter ficado confuso: teve rap, é claro, mas também teve reggae, funk e até pagode baiano. Para animar ainda mais a festa, Rael convidou Rincon Sapiência, amigo e parceiro de longa data do artista, e o mineiro FBC, que acaba de lançar o seu novo álbum, ASSALTOS E BATIDAS. Juntos, eles apresentaram “Na Pista Sem Lei”, presente no novo lançamento de Rael, Onda, que foi destaque na apresentação. Leia a resenha completa clicando aqui.
Sandra Sá
Com um setlist que celebrou a importância da música preta para a cultura brasileira, Sandra Sá fez um dos melhores shows do João Rock com muito carisma. Dona de uma voz inconfundível, ela brilhou com covers de “Flor de Lis”, de Djavan, e “A Namorada”, de Carlinhos Brown. No fim, quando cantou “Olhos Coloridos” brilhantemente com uma bandeira do Flamengo no corpo, Sandra declarou: “Foi um prazer sexual estar com vocês!”
Seu Jorge
Mesmo adentrando a madrugada do domingo (15) e após uma maratona de mais de 30 atrações ao longo do sábado, o público ainda esperava, pacientemente, por Seu Jorge, que encerrou a programação do Palco Brasil, neste ano dedicado à Black Music. “Mina do Condomínio” abriu a noite e o vozeirão característico de Seu Jorge encheu o Parque Permanente de Exposições de Ribeirão Preto, colocando todo mundo para sambar e espantando o frio de 17ºC de escanteio. Leia a resenha completa clicando aqui.

Especial da Rolling Stone Brasil com Seu Jorge
“Queria ser parte da vida das pessoas, animar o churrasco delas”, diz Seu Jorge, capa do especial impresso mais recente da Rolling Stone Brasil. “Gosto de trabalhar com a crônica, trazendo sempre esse personagem popular”, explica o artista sobre sua herança narrativa que remete a “Dicró, Bezerra da Silva… Tenho esta vontade de também documentar os brasileiros. Acredito nesse país. Nos recursos, na nossa gente, na massa trabalhadora”, acrescenta o músico. Para adquirir o especial, é só acessar o site da Loja Perfil.
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Fonte: rollingstone.com.br