O vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Sanderson (PL-RS), acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pata investigar possíveis irregularidades na contratação de um iate pela Presidência da República.
A embarcação é usada como hospedagem oficial do presidente Lula na COP30, em Belém (PA), com um custo total que foi colocado sob sigilo mas com diárias que, só pelo casal presidencial, superam os R$ 5 mil.
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O modelo do iate é o “Iana 3” e foi alugado junto à empresa Icotur Transporte e Turismo. Segundo Sanderson, o processo foi aceito pelo TCU, onde teria relatoria do ministro Walton Alencar Rodrigues.
A equipe presidencial optou por não usar um navio da Marinha, inicialmente previsto para servir de alojamento, e optado pelo Iana III para ter “mais conforto”, segundo a Presidência.
O Iana III foi alvo de polêmica em 2021, quando foi utilizado em uma ação social do governo do Amazonas, em Coari (AM). Na ocasião, o uso do barco para entrega de benefícios e cestas básicas levou a Justiça Eleitoral a investigar possível desvio de finalidade e uso político da embarcação.
Transparência e respeito
Para o deputado Sanderson, o episódio mostraria falta de transparência e de zelo com os recursos públicos.
“Enquanto o governo prega austeridade e fala em cuidar do povo, gasta recursos públicos para garantir luxo e conforto ao presidente. É preciso transparência e respeito com o dinheiro do contribuinte”, disse o parlamentar.
Proposta mais “econômica”
A presidência da República divulgou nota à imprensa em que afirmou que a escolha da embarcação atendeu a critérios de segurança, conforto e preço.
Segundo a presidência, a proposta apresentada pela empresa ICOTUR Transporte e Turismo Ltda, no valor médio diário de R$ 2.647,00 por pessoa, representou a alternativa “mais econômica e operacionalmente adequada em relação às opções disponíveis na hotelaria convencional”.
Fonte: Revista Oeste
