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Obras na linha férrea e alagamentos irritam moradores de Vicente de Carvalho


A construção de uma terceira linha férrea e as fortes chuvas da noite de sábado e madrugada de domingo deixaram o bairro Prainha, em Vicente de Carvalho, debaixo d’água. Os moradores tiveram suas casas invadidas e perderam móveis, eletrodomésticos e tiveram danos estruturais nos seus imóveis. A obra é de responsabilidade da MRS, operadora logística que administra uma malha ferroviária de 1.643 km nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Na manhã de domingo, o acumulado médio de chuva das 24 horas anteriores somava 144,9 mm, enquanto a média histórica para todo o mês é de 133 mm.

Perto de 50 famílias sofreram com os reflexos de uma obra que está sendo executada por uma empreiteira contratada pela MRS. A passagem de água fluvial do bairro para a maré foi totalmente ou parcialmente obstruída. Com isso, o grande fluxo de água da chuva voltou para o bairro durante o temporal.

Revoltados, os moradores obstruíram a linha férrea. “Na Rua Salgado Filho, sempre existiu esse problema com a maré alta. Só que, com essa obra na linha férrea, o resultado foi a água nas casas das pessoas, na altura da cintura. Nas ruas Henchi Matsumoto e Ceará, os moradores perderam tudo que tinham em casa”, disse o vereador Sérgio Santa Cruz (Cidadania).

O parlamentar disse que a empresa tampou as passagens de água com pó de pedra. “Os moradores decidiram paralisar a passagem dos trens no domingo. Na Páscoa e na segunda-feira, eles ficaram limpando tudo. Na terça, a Prefeitura veio e embargou as entradas para a obra, que são do município, pois aquela área da obra pertence à Autoridade Portuária de Santos. Como os caminhões não podiam acessar, tudo foi paralisado”, afirmou.

Santa Cruz citou que, até terça-feira, qualquer satisfação sobre a obra era dada pela empreiteira contratada pela MRS. “Hoje (ontem) vieram os engenheiros da MRS, integrantes da diretoria e um representante do presidente da empresa aqui. As providências foram tomadas e as entradas começaram a ser abertas. Contrataram um caminhão para dar suporte à Seurb (Secretaria Municipal de Operações Urbanas) para limpeza das galerias, que eles mesmo entupiram com pó de pedra. Vão contratar também bombas para os locais que já estão com dificuldade. Se chegar no limite da água, a bomba joga a água para a maré”. O político lembrou que a obra na Rua Nova foi feita de maneira certa e não acarretou problemas.

PREFEITURA

A Prefeitura de Guarujá informou que o Município embargou os acessos ao canteiro de obras da MRS, por problemas em seu planejamento, uma vez que as intervenções impactaram a macrodrenagem da região, causando problemas em moradias do entorno.

APS E MRS

A Autoridade Portuária de Santos (APS), responsável pela área da linha férrea, informou por meio da sua assessoria de imprensa que, até 17 horas de ontem, não havia sido notificada a respeito de embargo realizado pela Prefeitura de Guarujá. Já a MRS não se manifestou até o fechamento desta edição.

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Fonte: Jornal Da Orla

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