O Pearl Jam surpreendeu o público na última quinta-feira, 8, durante seu show em Nashville, ao chamar Peter Frampton ao palco. Ambos integrantes do Rock and Roll Hall of Fame, banda e cantor/guitarrista se uniram para uma versão emocionante de “Black”, clássico da banda.
“Esse cara era alguém que já admirávamos antes mesmo dos Ramones. Um dos nossos primeiros heróis da guitarra, como Jimmy Page e Pete Townshend, ele estava lá”, disse Eddie Vedder à plateia antes do autor de Frampton Comes Alive! (1976) subir ao palco.
Ao apresentar o cantor e guitarrista, o frontman do Pearl Jam disse:
“Foi um dos motivos pelos quais passamos a amar discos ao vivo e mais tarde decidimos lançar bootlegs por causa da influência dele. Além de tudo, ele é um ser humano incrível. É uma honra, porque hoje ele se tornou um grande amigo da banda. Ele já gravou com o Mike [McCready] e com o [baterista] Matt Cameron, e hoje à noite vamos tocar com juntos.”
Morador de longa data de Nashville, Frampton subiu ao palco e se juntou ao Pearl Jam para tocar o clássico do álbum Ten (1991), duelando nos solos de guitarra com McCready, enquanto Vedder ainda fez uma brincadeira, inserindo trechos de “Do You Feel Like We Do”, do próprio Frampton.
O guitarrista embarcará em uma turnê pela América do Norte ainda este mês, seis anos após anunciar uma turnê de despedida devido à sua batalha contra a miosite por corpos de inclusão. No entanto, como ficou evidente em seu solo em “Black”, ele segue firme, apesar da doença degenerativa.
Frampton disse à Rolling Stone em 2024:
“Todos nós temos nossas batalhas. Todos estamos lutando contra algo. Sou apenas uma pessoa que está aí, fazendo o melhor que posso e trazendo conscientização sobre a miosite por corpos de inclusão, arrecadando dinheiro para a causa onde posso. Temos uma fundação maravilhosa na Johns Hopkins, a Peter Frampton Fund. As pessoas continuam enviando dinheiro, o que é maravilhoso. Isso nos ajudará com os ensaios clínicos. Eles são caros. Estou arrecadando dinheiro para eles para que possamos encontrar a cura. Estou muito otimista. Falo com meus médicos o tempo todo, e ouço sobre todas as novas descobertas que estão surgindo, e as novas tecnologias que os cientistas estão encontrando nos laboratórios. Parece que algo pode estar chegando por aí. Estamos sempre esperando por isso.”
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Fonte: rollingstone.com.br
