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O dado que evidencia como o rock não está decadente, segundo Di Ferrero


Muito se comenta a respeito de uma suposta decadência de artistas e bandas de rock. É fato que os espaços midiáticos mais tradicionais não têm trazido nomes mais jovens do estilo, mas um dado destacado por Di Ferrero mostra que a situação não pode ser avaliada com pessimismo em relação ao gênero musical em questão.

Durante entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, o repórter Danilo Casaletti relembrou que pagode, sertanejo, rap, funk e trap surgem entre as músicas mais ouvidas nas plataformas de streaming do Brasil. O rock, por sua vez, não aparece diretamente, apenas como influências para alguns desses artistas em evidência nas paradas nacionais.

Di, por sua vez, lembra que, em relação a números, artistas e bandas de rock se destacam em outro tipo de levantamento: venda de ingressos para shows. O cantor do NX Zero, hoje também em carreira solo, reflete:

“Não me apego a números porque eu já vi piorar, crises, agora vai melhorar, agora vai piorar… tanto faz. O rock sempre foi um estilo meio às margens disso. Por isso, vira o rock alternativo e sempre acaba estourando. Um artista, uma banda, uma influência… se você for ver, na constância, os artistas que mais vendem ingresso de shows, em festivais, são os artistas de rock. Tem muitos artistas pop que nem fazem tour.”

De acordo com levantamento feito pela Pollstar, entre os 10 artistas e grupos que mais arrecadaram com turnês em 2024, três deles vêm do rock: Bruce Springsteen (5º lugar), Rolling Stones (6º) e Metallica (9º). Já em lista publicada pelo jornalista José Norberto Flesch, dos 10 nomes que mais reuniram público em apresentações na cidade de São Paulo — desconsiderados festivais —, quatro estão relacionados ao gênero citado: Linkin Park (2º lugar), Iron Maiden (3º), Bring Me the Horizon (7º) e Eric Clapton (8º).

Será que, no fim das contas, os artistas que lideram as paradas de streaming não conseguem levar público para seus shows? Di prefere não cravar uma resposta direta para esta pergunta.

“Acho que é o jeito que a música é consumida. Tem várias maneiras. Tem muita gente que escuta rádio, que é mais eclética. Tem pessoas que escutam as playlists, que não se preocupam muito em ir atrás de novidades. A democratização da internet fez com que tudo se ramificasse muito. A galera que curte rock é mais religiosa nesse sentido: ‘eu vou ao show, eu vou no rolê, eu quero ouvir as músicas novas’. É muito sincero. Tem alguns artistas de trap, de pop, que conseguem sacar essa linguagem e se expandem também. A música não pode perder essa essência. Tem mercado, tem fórmula, mas música sempre em primeiro lugar.”

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Fonte: rollingstone.com.br

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