Tema da nova série Raul Seixas: Eu Sou, recém-lançada pelo Globoplay, a vida de Raul Seixas foi marcada por altos e baixos. O astro foi do sucesso esplendoroso na década de 1970 à morte prematura e traumática em 1989.
Diante desse cenário, muito se comenta sobre como foram os últimos dias de vida de Raul. Um tema recorrente é: o que ele deixou para os herdeiros ao falecer com apenas 44 anos, sozinho e com pancreatite aguda, em um apartamento em São Paulo.
A resposta, de acordo com o inventário conduzido por uma de suas ex-esposas, Kika Seixas, e concluído em 1992, indica que a herança não era grande.
Segundo o documento disponível em exposição no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília (via Uol), Raul Seixas morreu sem ter imóvel próprio registrado em seu nome. Em sua poupança, havia apenas 300 cruzados (cerca de R$ 550 na cotação atual).
Por outro lado, o Maluco Beleza deixou um vasto catálogo de discos e canções de sucesso que rendem direitos autorias às três filhas: Simone, Scarlet e Vivian Seixas. O valor total arrecadado ao longo dos anos não é conhecido.
Lobão disse que Raul Seixas “morreu de fome”; filha rebateu
Em abril deste ano, durante um show em São Bernardo (SP), Lobão se irritou com um pedido de “toca Raul!” vindo da plateia e retrucou dizendo que “Raul morreu de fome, um mendigo”. A afirmação foi contestada por Vivian Seixas, uma das filhas do Maluco Beleza. Segundo ela, o pai “sempre viveu confortavelmente” em termos financeiros.
Em uma publicação nas redes sociais, Vivian disse:
“Raul sempre viveu confortavelmente, com o recebimento dos direitos autorais e artísticos. E entre 1988 e 1989, apesar de estar muito debilitado (ele faleceu em 1989), fez 50 shows no Brasil inteiro, com plateias grandes e recebeu disco de ouro, 100 mil LPs vendidos pelo LP A Panela do Diabo, em parceria com Marcelo Nova.”
Kika Seixas, mãe de Vivian e esposa de Raul até 1984, endossou a resposta da filha, repostando o texto.
Dentre os maiores sucessos de Raul Seixas estão os álbuns Gita (1974) e Krig-Ha, Bandolo! (1973) e músicas como “Metamorfose Ambulante”, “Tente Outra Vez”, “Ouro de Tolo”, “Cowboy Fora da Lei” e “Maluco Beleza”.
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Fonte: rollingstone.com.br
