O cineasta James Cameron, conhecido por sua visão futurista em filmes como O Exterminador do Futuro, expressou sérias preocupações sobre os avanços da inteligência artificial (IA) e sua integração com sistemas de armas nucleares. Em entrevista à Rolling Stone, Cameron alertou para o potencial de um apocalipse no estilo de sua icônica franquia cinematográfica, caso a IA seja utilizada em decisões militares críticas.
Cameron destacou três ameaças existenciais que considera particularmente preocupantes: degradação ambiental, armas nucleares e superinteligência artificial. Ele enfatizou que essas ameaças estão se manifestando simultaneamente, criando um cenário de risco elevado. “Estamos em um ponto crítico no desenvolvimento humano”, afirmou o cineasta, ressaltando a necessidade de cautela ao lidar com tecnologias avançadas.
O diretor também compartilhou suas reflexões sobre como suas obras anteriores, como O Exterminador do Futuro, abordaram temas relacionados à IA e suas implicações. Cameron mencionou que a inspiração para esses filmes veio de sua leitura do livro Hiroshima, de John Hersey, que detalha os horrores do bombardeio atômico. Ele revelou que imagens desse livro influenciaram diretamente cenas em O Exterminador do Futuro e O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final.
Além disso, Cameron está atualmente trabalhando na adaptação cinematográfica do livro Ghosts of Hiroshima, de Charles Pellegrino, que explora histórias não contadas sobre os bombardeios atômicos no Japão. O cineasta expressou o desejo de provocar empatia e reflexão por meio de suas narrativas, conectando eventos históricos com questões contemporâneas.
O papel da IA na indústria cinematográfica
Embora crítico do uso da IA em contextos militares, Cameron reconhece seu potencial na indústria cinematográfica. Ele está explorando ferramentas de IA generativa para incorporar em seus projetos futuros, mas enfatiza que a IA não pode substituir atores ou cineastas humanos. “Rejeito totalmente a premissa de que a IA pode substituir atores e cineastas”, afirmou, destacando a importância da criatividade humana na arte cinematográfica.
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Fonte: rollingstone.com.br