O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, esteve em missão oficial no Japão na última semana. Ele se reuniu com o presidente da Suprema Corte do país asiático, Yukihiko Imasaki, e trocou informações sobre o “papel dos tribunais que cada um lidera”.
Segundo informações do STF, Barroso e Imasaki também discutiram os “desafios compartilhados pelas cortes constitucionais nas democracias contemporâneas”, assim como “os avanços no uso de novas tecnologias, em particular da inteligência artificial, na modernização do Judiciário no Brasil e no Japão”.
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Barroso realizou uma série de agendas e encontros institucionais entre o domingo passado, 13, e esta sexta-feira, 18. O magistrado chegou a ser homenageado com almoço na Faculdade de Direito da Universidade de Tóquio.

Na instituição, o presidente do STF deu uma palestra, intitulada O papel das supremas cortes frente ao populismo autoritário. Na ocasião, o magistrado alegou que os tribunais constitucionais têm a responsabilidade de “proteger a ordem democrática”.
“A missão das supremas cortes vai além da interpretação técnica da lei”, afirmou o ministro na palestra. “Elas são guardiãs da democracia e da dignidade humana, principalmente quando o populismo autoritário tenta corroer os fundamentos institucionais.”


Outros encontros de Barroso no Japão
No Japão, o presidente do STF também se reuniu com o ministro da Justiça do Japão, Keisuke Suzuki, e com o presidente da Federação Japonesa de Associações de Advogados, Reiko Fuchigami. Ele também visitou o parlamento do país.
A visita incluiu também uma passagem por Quioto, onde o magistrado participou de uma reunião com o Centro de Estudos Interdisciplinares em Direito e Políticas Públicas da Universidade de Quioto. O tema central do encontro foi o uso da inteligência artificial no sistema judiciário e a relação entre meio ambiente e justiça climática.


Encerrando a missão, Barroso esteve em Osaka a convite da Apex-Brasil, onde visitou o pavilhão brasileiro na Expo Osaka 2025. Lá, deu a palestra Por que o Brasil? — Estabilidade Institucional, Segurança Jurídica e Ambiente de Negócios.
De acordo com o STF, o ministro falou sobre o “compromisso” da nação brasileira “com a democracia, a solidez das instituições e o respeito ao Estado de Direito”.


Fonte: Agência Brasil