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Netflix pode sofrer aumento após novas taxas de Trump? Entenda impacto no streaming


Anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 2 de abril, as novas tarifas de importação do país já ajudaram a derrubar várias bolsas de valor ao redor do mundo e prejudicaram muito empresas, como a Apple. Diante do chamado “tarifaço”, muitas companhias estimam que vão aumentar seus custos de produção, que naturalmente será repassado para os consumidores.

Enquanto já é certo que isso vai prejudicar o mundo dos games, que tendem a ficar ainda mais inacessíveis, ainda não está certo o quanto outras áreas do entretenimento vão ser afetadas. No entanto, há fortes motivos para acreditar que plataformas de streaming — incluindo a Netflix — devem sofrer negativamente com as decisões do político.

Quais áreas foram afetadas pelas tarifas de Trump?

  • O mercado de tecnologia foi amplamente afetado pela queda da bolsa de valores, incluindo gigantes como a Apple.
  • Nos games, a Nintendo parece ser a companhia mais afetada pelas tarifas, já que lançará um novo console em breve.
  • No caso da Netflix, mesmo com o impacto econômico, a empresa pode não repassar taxas extras para os assinantes.
  • Apesar de o preço não aumentar, a Netflix pode ter suas operações comprometidas com o cenário atual da economia.

Netflix será afetada junto do mundo do entretenimento?

Embora ainda não esteja claro como as decisões de Trump vão afetar a produção de filmes, séries e outros conteúdos para streaming, as companhias que os produzem não devem passar incólumes. Conforme aponta a Bloomberg, as tarifas têm o potencial de provocar uma grande recessão — o que leva a menos consumo e a mais cancelamentos de serviços.

Além disso, há a possibilidade de que outros países decidam retaliar os Estados Unidos impondo taxas próprias — inclusive sobre o entretenimento produzido pelo país. No entanto, é preciso observar que as tarifas não atingem companhias da mesma forma — e aqueles que fabricam hardwares vão ser mais afetadas do que aquelas que produzem softwares ou lidam com telecomunicações.

Isso explica porque a Apple — que está no mercado de streaming, mas tem o iPhone como seu principal produto — está em uma situação mais arriscada do que a Netflix. Para a Bloomberg, o serviço está em uma posição relativamente segura no momento, dado que não depende muito do rendimento de anúncios publicitários.

No entanto, companhias que dependem do dinheiro de propagandas — que pode diminuir diante de um mercado consumidor menos ativo — devem sentir mais o peso das tarifas. Nomes como a Paramount e a Warner Bros. Discovery, que têm forte participação no segmento de TV tradicional, devem sofrer diante desse cenário.

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Assim, elas podem tentar compensar suas perdas com um aumento no valor de seus streamings — algo que pode se provar prejudicial, dado que a Netflix domina o segmento e tende a ser “menos cancelada”. Segundo Richard Broughton, da Ampere Analysis, uma recessão econômica pode gerar mais pessoas em frente à TV, mas sem consumir os produtos divulgados.

“A primeira coisa que você faz em uma recessão é cancelar seus planos de viagem. Concertos estão em um lugar intermediário. O Bank of America revisou algumas de suas projeções para o Live Nation, o maior promotor de shows do mundo, mas a maioria dos especialistas acredita que eles devem ficar bem”, explicou ele à Bloomberg.

As séries da Netflix serão afetadas por tarifas?

Enquanto ainda não há motivos sólidos para acreditar em um aumento de preços da Netflix, não há como descartar totalmente essa ideia. Isso porque a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos pode acabar impactando no crescimento da companhia em mercados importantes, como a Europa, mexendo diretamente com o preço de suas ações — e receitas.

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Também há a perspectiva de que as tarifas vão impactar negativamente sobre a produção de novos conteúdos. A expectativa de uma provável desaceleração da economia já está fazendo com que várias companhias estejam revisando para baixo a quantidade de séries e filmes que vão produzir.

“O instinto é acumular dinheiro”, afirmou Laura Martin, analista da Needham & Co. “Parar de gastar dinheiro. Para de aprovar projetos”, alertou. Ao mesmo tempo, ela afirma que a Netflix não se sente exposta ou frágil. “Ela não tem muitas propagandas, e se as pessoas são mais conservadoras, a Netflix não é o serviço de streaming que desligam”.

Em resumo, ainda parece cedo para dizer se o preço do streaming pode aumentar como consequência direta das tarifas impostas por Trumpo. No entanto, a companhia já provou que não depende de grandes fatores políticos para tomar decisões envolvendo reajustes e pode voltar a aplicá-los mesmo diante de um cenário em que está segura em meio a contexto de incertezas econômicas.

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Fonte: TecMundo

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