O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou os líderes do Reino Unido, da França e do Canadá depois que os três países pediram o fim da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza.
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Em vídeo divulgado na quinta-feira 22, Netanyahu disse que o Hamas “não quer um Estado palestino, quer a destruição do Estado de Israel”. Ele afirmou não entender como “essa verdade simples escapa aos líderes de França, Reino Unido, Canadá e outros”.
Prime Minister Benjamin Netanyahu:
“Last night in Washington something horrific happened.
A brutal terrorist shot in cold blood a young beautiful couple – Yaron Lischinsky and Sara Milgrim.»https://t.co/R87pmEBeil pic.twitter.com/mWBX3IcT2g
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) May 22, 2025
O líder israelense acusou os três países de oferecerem “o maior prêmio possível ao Hamas” ao defenderem a criação de um Estado palestino. “Por 18 anos tivemos um Estado palestino de fato”, afirmou Netanyahu. “Chamava-se Gaza. E o que recebemos? Paz? Não. Recebemos o massacre mais brutal de judeus desde o Holocausto.”
Hamas agradece o apoio, e Netanyahu reage
Em resposta, o Hamas divulgou um comunicado agradecendo aos governos britânico, francês e canadense. O grupo terrorista alega que os países “rejeitaram a política de cerco e fome promovida pelo governo de ocupação contra nosso povo na Faixa de Gaza, e os planos sionistas de genocídio e deslocamento”, segundo o Jerusalem Post.
A organização terrorista também apelou para que países árabes e islâmicos, a União Europeia e outros atores internacionais adotem medidas concretas para “conter a agressão sionista”.
Sobre o agradecimento do Hamas, Netanyahu afirmou: “Digo ao presidente Macron, ao primeiro-ministro Carney e ao primeiro-ministro Starmer: quando assassinos em massa, estupradores, assassinos de bebês e sequestradores agradecem vocês, é porque estão do lado errado da justiça. Estão do lado errado da humanidade e da história”.
O premiê israelense afirmou ainda que, ao insistirem que promovem a paz, Macron, Carney e Starmer, na verdade, “estão encorajando o Hamas a continuar lutando para sempre”.
But the hypocrisy doesn’t stop there. These and other leaders have bought into Hamas’s propaganda that says Israel is starving Palestinian children.
And not only is Hamas putting out this lie.»
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) May 22, 2025
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, respondeu com uma publicação no seu perfil do X. Nela, o político do Reino Unido condena o assassinato de dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington, nos EUA.
I thoroughly condemn the antisemitic attack outside the Capital Jewish Museum in Washington DC.
Antisemitism is an evil we must stamp out wherever it appears.
My thoughts are with their colleagues, family and loved ones, and, as always, I stand in solidarity with the Jewish…
— Keir Starmer (@Keir_Starmer) May 22, 2025
“O antissemitismo é um mal que devemos erradicar onde quer que apareça”, disse o primeiro-ministro britânico. “Meus pensamentos estão com os colegas, familiares e entes queridos, e, como sempre, estou ao lado da comunidade judaica.”
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Funcionários da embaixada israelense nos EUA, Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, foram mortos, na noite da última quarta-feira, 21, em frente ao Capital Jewish Museum, em Washington. Eles haviam se conhecido no trabalho, estavam em um relacionamento e planejavam viajar a Israel na semana seguinte. Lischinsky pretendia pedir Sarah em casamento.
Netanyahu também comentou o caso, afirmando que as vítimas não foram alvo de um crime aleatório. “O terrorista que os assassinou fez isso por uma única razão — queria matar judeus.”
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Fonte: Revista Oeste