Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo afirmaram terem participado de uma reunião com oito membros do mais alto escalão da diplomacia americana que trata dos assuntos relacionados ao Brasil. Segundo Paulo, todos os representantes do governo americano foram unânimes em afirmar que “não haverá 1 milímetro de concessão, a não ser que o Brasil dê o primeiro passo”. A declaração foi feita nesta terça-feira (16) durante o programa Paulo Figueiredo Show, realizado nos estúdios Rumble, nos EUA.
Paulo Figueiredo afirmou que ele e Eduardo expuseram aos membros do governo americano tanto a reação do Congresso Nacional como do Supremo Tribunal Federal (STF) ao tarifaço e que foi realizada até mesmo uma vídeo-chamada com o ex-presidente Jair Bolsonaro durante o encontro. Além disso, também explicou que eles tentaram convencer as autoridades dos EUA a substituir as tarifas por sanções diretas a determinados indivíduos (sem citar quais), mas que a resposta foi que esse assunto está sendo tratado diretamente por Trump e que as decisões são dele.
Brasil provoca possíveis novas sanções dos EUA, diz Paulo Figueiredo
O jornalista disse ainda que lhes foi alertado pelos EUA o seguinte: “Se continuar nesse ritmo, o presidente Trump talvez tome medidas adicionais que podem inclusive envolver o mercado financeiro”. E falou que não se pode esperar que eles sejam capazes de convencer Trump ao que quer que seja quando, no Brasil:
- O ministro Alexandre de Moraes, do STF, bloqueia a Rumble;
- Moraes emite ordens contra um cidadão americano, como o jornalista da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino;
- Na semana seguinte ao comunicado de Trump, o Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, antecipa o prazo e emite declarações finais contra Jair Bolsonaro semelhantes àquelas de que acusavam o presidente americano;
- O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, emite uma carta afirmando que Trump não compreende a realidade e que ele salvou a democracia no Brasil.
Para Figueiredo, portanto, não se pode esperar que ele e Eduardo resolvam um problema que, segundo o jornalista, teria sido criado pelos ministros do STF ao mesmo tempo em que esses mesmos ministros seguem “jogando lenha na fogueira”.
Fonte: Revista Oeste