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Motta critica ameaça de corte de emendas: “é ir contra população”


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu à ameaça do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de cortar emendas parlamentares para compensar a queda da MP da Taxação.

A Medida Provisória 1.303 criaria uma série de tributos, especialmente sob investimentos, mas perdeu a validade antes de passar por todo o trâmite no Congresso. Para tentar angariar parte dos R$ 17 bilhões previstos na MP, Haddad fala em cortar R$ 10 bilhões em emendas.

Em entrevista concedida à CNN Brasil, Motta defendeu que “cortar emendas é ir contra a população”. Para defender os recursos, muitas vezes usados para angariar votos em seus currais eleitorais, o deputado focou no destino final do dinheiro. Ele defendeu que “os deputados conhecem as dificuldades de cada cidade em seus estados”. Para Motta, “qualquer agente público que continue com esse discurso pejorativo sobre emendas parlamentares presta um grande desserviço ao país.”

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Motta já confrontou STF em defesa de emendas

Em julho de 2025, o presidente da Câmara mandou um recado ao ministro do STF Flávio Dino, dizendo que não aceitaria qualquer decisão da Corte que pudesse restringir ou impedir o pagamento de emendas impositivas.

À época, em entrevista à TV Record, o parlamentar fez uma defesa do mecanismo semelhante à de agora. Ele disse que quem é contra as emendas impositivas quer fazer com que “deputados e senadores voltem a ter o pires na mão nos ministérios, numa relação muito mais difícil para a relação política, que é uma relação de dependência, para que a partir daí o governo tenha que impor a sua vontade em detrimento da fragilidade do parlamentar.”

Para reforçar seu posicionamento em favor das emendas, Motta foi junto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em uma audiência relacionada ao mesmo julgamento. Via de regra, apenas os advogados da Câmara e do Senado precisariam comparecer, já que são os responsáveis pelas sustentações orais.



Fonte: Revista Oeste

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