O desembargador aposentado Sebastião Coelho, de 70 anos, pretende ingressar na política com o objetivo de lutar pelo impeachment de Alexandre de Moraes e outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, não têm isenção e competência para ocupar o cargo.
“Se o Senado abrir amanhã um processo de impeachment, retirar Alexandre de Moraes e mais alguns, minha missão estará cumprida, vou ficar curtindo minha aposentadoria”, afirmou em entrevista ao Oeste com Elas desta segunda-feira, 26.
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Coelho lamentou a falta de comprometimento de muitos senadores com as ideias pelas quais foram eleitos e expressou expectativa de mudança em 2026.

“Infelizmente, temos visto pessoas que se elegeram com a bandeira de ‘Deus, pátria, família e liberdade’, ou seja, uma bandeira de direita, e não cumprem”, explica. O jurista classifica esse tipo de postura como estelionato eleitoral.
Desembargador do Tribunal de Justiça de Brasília, Coelho poderia ter escolhido ficar por mais nove anos na corregedoria do Tribunal Eleitoral, onde também foi vice-presidente. “Eu não estou atrás de cargo”, disse na entrevista. “Cargo por cargo, eu era desembargador.”
No entanto, Coelho tem o desejo de ir para o Senado por crer que, assim, pode contribuir para o Brasil. A filiação do jurista ao partido Novo está marcada para 10 de junho. A sigla “defende a mesma causa que eu defendo, a da justiça e da liberdade”, disse a Oeste.


Sebastião Coelho descreve STF como um tribunal de exceção
Sebastião Coelho também atuou na defesa de Filipe Martins, assessor especial da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, e na defesa de presos pelos atos do 8 de janeiro. Ele descreve o ministro Alexandre de Moraes como um “ser arbitrário” e diz que outros juízes na Corte têm postura semelhante.
“Alexandre de Moraes é um criminoso que está ocupando um cargo de juiz, nada mais do que isso.” A atual situação do STF, afirma, é de um tribunal de exceção.
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Fonte: Agência Brasil