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Moradores sofrem com alagamentos em condomínios da Zona Noroeste

Desde a inauguração do condomínio Andorinha, em 2021, moradores da Rua César Augusto de Castro Rios, no bairro Areia Branca, em Santos, enfrentam graves problemas de alagamento durante chuvas intensas. A situação afeta não apenas os residentes desse condomínio, mas também os do vizinho Canário. Juntos, os empreendimentos somam mais de 460 unidades habitacionais, impactando diretamente cerca de mil pessoas.

O problema se agrava devido à dificuldade de escoamento da água, formando grandes pontos de alagamento em frente aos prédios e dificultando o acesso dos moradores. Segundo relatos, não há indícios de que a situação esteja relacionada à maré, o que reforça a necessidade de medidas estruturais para melhorar a drenagem da região.

Medidas adotadas pelos condomínios

A administração dos condomínios tem buscado alternativas para minimizar os transtornos. De acordo com o síndico Cristiano Santos Cucatti, algumas iniciativas já foram implementadas, como a elevação das bombas de recalque de água limpa para evitar danos por inundação e a abertura de um portão de emergência em uma área menos propensa a alagamentos.

No entanto, essas ações ainda não foram suficientes para conter os impactos das chuvas mais intensas, como as ocorridas em 18 de fevereiro. Para evitar que a água invada os apartamentos térreos e os poços dos elevadores, estão sendo providenciadas comportas móveis para as portas de acesso às torres.

Além disso, um laudo técnico elaborado por uma empresa especializada apontou diretrizes para mitigar os alagamentos e sugeriu caminhos para uma solução definitiva.

Relatos dos moradores

A moradora Niveane Lima destaca as dificuldades enfrentadas diariamente devido às enchentes.

“Nosso direito de ir e vir fica comprometido. Durante os alagamentos, muitas vezes temos que escolher entre atravessar a água contaminada por esgoto e ratos ou aguardar em outro local até que a situação melhore. Minha filha, por exemplo, já precisou permanecer no trabalho porque não conseguia voltar para casa”, relata.

Ela reforça a necessidade de uma solução urgente por parte do poder público. “Espero que as autoridades levem em consideração todos os transtornos sofridos pelos moradores e ajam rapidamente.”

Posicionamento da Prefeitura

A Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, tem acompanhado a situação. O secretário Fabrício Cardoso e o engenheiro civil Ronald Lima se reuniram com moradores das áreas afetadas para ouvir suas reivindicações e discutir possíveis soluções.

De acordo com a Prefeitura, um levantamento técnico está em andamento e a resolução definitiva dos alagamentos depende do pleno funcionamento das estações elevatórias previstas no projeto de macrodrenagem da cidade. Esse programa teve início em maio de 2023 e prevê a instalação de cinco Estações Elevatórias com Comportas (EECs) em diferentes bairros da Zona Noroeste, além da canalização do Rio Lenheiros, no Saboó, em parceria com a MRS Logística e o Governo Federal.

Também foi confirmada a construção de uma Estação Elevatória de Águas Pluviais (EEO) na entrada de Santos, próximo ao Supermercado Assaí, por meio de um termo de cooperação entre Ecovias, MRS e Autoridade Portuária.

Mobilização da comunidade

Para reforçar a reivindicação por soluções, os moradores organizaram um abaixo-assinado, disponível 24 horas na portaria dos condomínios, e têm utilizado as mídias internas dos residenciais para ampliar a mobilização.

Fonte: BOQNEWS

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