O ministro para Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, Amichai Chikli, defendeu nesta terça-feira (15) a morte de Ahmed Al Shara, mais conhecido como Abu Mohammad al-Julani, líder do grupo Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), que atualmente controla a Síria, classificando-o como “terrorista” e “assassino bárbaro”.
“Não devemos ficar de braços cruzados diante do regime terrorista islâmico-nazista da Al-Qaeda, de terno e gravata. Quem pensa que Ahmed Al Shara é um líder legítimo está profundamente enganado. Ele é um terrorista, um assassino bárbaro que deve ser eliminado imediatamente”, afirmou Chikli em postagem no X.
A declaração foi feita depois que Israel bombardeou pela segunda vez nesta terça-feira a cidade síria de Al Sueida (de maioria drusa), no sul do país, onde nos últimos dois dias eclodiram confrontos entre beduínos e drusos.
“Vimos o horrível massacre dos alauítas (outra minoria religiosa presente na Síria), diante do qual os líderes europeus fecharam os olhos, e agora vemos os massacres e humilhações dos drusos. É preciso combater o regime terrorista na Síria!”, acrescentou o ministro.
“Se se parece com o Hamas, fala como o Hamas e age como o Hamas… É o Hamas!”, afirmou, ao comparar o líder sírio com o grupo terrorista palestino que governa a Faixa de Gaza.
O ministro das Finanças israelense, direitista Bezalel Smotrich, também afirmou no X que o regime de Damasco “era e continua sendo islamita, extremista, violento e cruel”, e advertiu que “o Ocidente não deve se deixar enganar pelo terno e gravata”.
Smotrich acrescentou ainda que Israel “não pode se dar ao luxo de se retirar sob nenhuma circunstância” nem da Síria nem das Colinas de Golã – anexadas por Israel desde 1967.
Nesta terça-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, ordenaram ao Exército do país que atacasse alvos em Al Sueida com o argumento de proteger a comunidade drusa e garantir a desmilitarização da fronteira com a Síria.
O governo de Al-Julani vem tentando conseguir apoio e reconhecimento mundial. Neste mês, o Reino Unido restabeleceu relações diplomáticas com a Síria e apelou para que o chefe do HTS “cumpra seus compromissos de construir um futuro mais seguro e próspero para os sírios, aumentando a segurança em toda a região e no Reino Unido”.
Fonte: Revista Oeste