Mercado internacional em baixa pressiona commodities

Os mercados internacionais de commodities agrícolas abriram em leve baixa nesta quinta-feira (25/07), com destaque para o trigo, soja e milho. Segundo análise da TF Agroeconômica, o movimento reflete a entrada dos novos suprimentos do Hemisfério Norte, exportações mornas e desinteresse chinês pelas compras da safra americana.

No mercado de trigo, os contratos futuros em Chicago recuaram entre 2 e 2,25 centavos de dólar, com o vencimento de setembro/25 cotado a US$ 538,25. A colheita acelerada na França — com 86% já concluída — ampliou a oferta global. No Brasil, o plantio já terminou e há colheitas no Centro-Oeste, mas a demanda segue baixa devido à redução das margens dos moinhos, o que gera acúmulo de produto da safra passada no Rio Grande do Sul. O preço CEPEA caiu 0,44% no Paraná e 2,73% no RS.

Para a soja, o contrato de agosto/25 recuou US$ 5,75 na Bolsa de Chicago, fechando em US$ 998,50. A queda é puxada pela ausência da China nas compras americanas e pelas boas chuvas esperadas no Centro-Oeste do Brasil, que favorecem o desenvolvimento da próxima safra. Ainda assim, os preços domésticos se mantêm relativamente firmes no mês devido à forte demanda chinesa pela oleaginosa brasileira, ainda isenta das tarifas impostas pelos EUA.

O milho também registrou recuos, com o vencimento setembro/25 cotado a US$ 399,50 em Chicago, afetado por um acordo frustrante com o Japão e baixo avanço com outros compradores. A expectativa de safra americana recorde e a entrada da safrinha brasileira aumentam a pressão de baixa. No Brasil, apesar disso, os preços na B3 subiram levemente, refletindo a valorização do mercado interno, mas continuam fora de competitividade para exportação. A Coreia do Norte ignorou os vendedores brasileiros e preferiu o milho americano em sete leilões na semana.