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Maduro persegue economistas que expõem crise na Venezuela


Após expandir sua perseguição a opositores políticos, cidadãos e estrangeiros na Venezuela, a ditadura de Nicolás Maduro encontrou um novo alvo de interesse: economistas.

O regime chavista prendeu mais de 20 pessoas nos últimos dois meses por produzirem ou divulgarem dados independentes da economia nacional, enquanto o governo esquerdista tenta esconder a grave e crescente crise com dados pouco confiáveis.

Entre os economistas detidos está o ex-ministro das Finanças da Venezuela e professor de economia Rodrigo Cabezas, de 69 anos, segundo confirmou sua filha em uma entrevista no último dia 3.

Rodna Cabezas afirmou que seu pai foi vítima de uma emboscada dos serviços de inteligência, que se passaram por funcionários da empresa estatal de energia para ter acesso ao ex-ministro, sob a alegação de “problemas de eletricidade”.

A entrevistada informou que seu pai ligou para ela, dizendo que estava sendo levado pelo regime chavista. Desde então, a família não recebe notícias do economista.

Segundo o grupo de Direitos Humanos Provea, pelo menos cinco economistas foram presos entre os dias 29 de maio e 5 de junho. Alguns foram libertados, mas dois, incluindo o Rodrigo Cabezas, permanecem detidos e desaparecidos.

O ministro do Interior e número dois do chavismo, Diosdado Cabello, aliado próximo de Maduro, informou nos últimos dias que pelo menos 20 pessoas ligadas ao portal informativo econômico Monitor Dólar foram detidas por divulgarem informações sobre o dólar paralelo.

Em tom ameaçador, Cabello afirmou no anúncio que os economistas venezuelanos que fazem comentários “negativos” sobre o bolívar (moeda local) “estão brincando com fogo” e serão perseguidos por “alimentarem a instabilidade financeira” nacional.

O regime fechou vários sites financeiros, como o Monitor Dólar e a plataforma de criptomoedas El Dorado, este último usado por venezuelanos para trocar bolívares por dólares.



Fonte: Revista Oeste

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