O presidente da França, Emmanuel Macron, não comparecerá na próxima conferência da ONU sobre o reconhecimento de um Estado palestino, de acordo com informações publicadas pelo Jerusalem Post nesta terça-feira (15).
A decisão foi motivada pela forte oposição do Reino Unido e do Canadá, que alertaram que um reconhecimento unilateral por parte da França poderia minar os esforços de coordenação internacional com Israel, possivelmente ampliando tensões diplomáticas.
De acordo com o Jerusalem Post, Macron tinha intenção de liderar a conferência ao lado da Arábia Saudita, onde anunciariam o reconhecimento oficial do Estado palestino por parte da França, algo que Paris nega firmemente.
A conferência, que foi adiada, estava inicialmente prevista para ocorrer em Nova York entre os dias 17 e 20 de junho. Entre as discussões que ia ocorrer na cúpula, estava o futuro da Faixa de Gaza após o fim da guerra entre Israel e o Hamas, com o objetivo de preparar o reconhecimento gradual da Palestina como Estado.
Entretanto, a cúpula foi adiada devido à guerra entre Israel e Irã, iniciada mês passado que durou 12 dias. Os Estados Unidos também aplicaram pressão nos bastidores, levando o adiamento da data original, de acordo com o site Walla. Uma nova data foi marcada para o dia 28 de julho.
Os principais políticos franceses estão tentando conter as expectativas junto a autoridades, esclarecendo que a França não está abandonando a ideia da solução de dois Estados, mas que não pretende agir de forma unilateral sem um amplo consenso internacional.
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou nesta semana que “o objetivo é traçar o cenário de Gaza no pós-guerra e preparar o reconhecimento do Estado palestino por parte da França e de outros países”.
Fonte: Revista Oeste