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Lula lidera intenções de voto, mas vê Bolsonaros crescerem


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria reeleito se as eleições de 2026 fossem realizadas hoje, de acordo com uma nova rodada da pesquisa Quaest divulgada nesta quinta (9). O levantamento mostra o petista liderando todos os cenários apurados tanto no primeiro como no segundo turno.

Apesar da vantagem, Lula vê o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) crescer nas intenções de voto nesta nova rodada mesmo estando inelegível e após ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por supostamente liderar uma tentativa de golpe de Estado.

Além do ex-presidente, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também ganharam alguns pontos neste novo levantamento, mostrando que o sobrenome da família ainda tem a preferência dos eleitores da oposição.

A Quaest ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios brasileiros entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais com nível de confiança de 95%.

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De acordo com a Quaest, a um ano da eleição presidencial de 2026, Lula lidera todos os cenários apurados acima da margem de erro. Já as simulações de segundo turno mostram uma variação negativa de Lula na disputa com nomes da família Bolsonaro, que ganharam vantagem na comparação com a pesquisa realizada há um mês:

Lula x Jair Bolsonaro

Com o ex-presidente, que segue inelegível e agora condenado pelo STF, Lula recuou um ponto e Bolsonaro avançou dois no segundo turno. Ambos, no entanto, dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

1ºturno:

  • Lula (PT): 35%;
  • Jair Bolsonaro (PL): 26%;
  • Ratinho Jr. (PSD): 10%;
  • Ciro Gomes (PDT): 9%;
  • Romeu Zema (Novo): 3%;
  • Ronaldo Caiado (União): 3%;
  • Indecisos: 4%;
  • Branco, nulo, não vai votar: 10%.

2ºturno:

  • Lula (PT): 46%, ante 47% em setembro;
  • Jair Bolsonaro (PL): 36%, ante 34%;
  • Branco, nulo, não vai votar: 16%, ante 17%;
  • Indecisos: 2% nas duas pesquisas.

Lula x Michelle Bolsonaro

A mesma variação ocorreu no cenário estimulado de segundo turno entre Lula e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

1º turno:

  • Lula (PT): 36%;
  • Michelle Bolsonaro (PL): 21%;
  • Ratinho Jr. (PSD): 10%;
  • Ciro Gomes (PDT): 10%;
  • Romeu Zema (Novo): 4%;
  • Ronaldo Caiado (União): 3%;
  • Indecisos: 4%;
  • Branco, nulo, não vai votar: 12%.

2ºturno:

  • Lula (PT): 46%, ante 47% em setembro;
  • Michelle Bolsonaro (PL): 34%, ante 32%;
  • Branco, nulo, não vai votar: 18% nos dois levantamentos;
  • Indecisos: 2%, ante 3%.

Lula x Eduardo Bolsonaro

O mesmo percentual de variação no segundo turno ocorreu em uma eventual disputa entre o presidente petista e o deputado Eduardo Bolsonaro:

1º turno:

  • Lula (PT): 35%;
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 15%;
  • Ratinho Jr. (PSD): 12%;
  • Ciro Gomes (PDT): 11%;
  • Romeu Zema (Novo): 5%;
  • Ronaldo Caiado (União): 4%;
  • Indecisos: 4%;
  • Branco, nulo, não vai votar: 14%.

Em outros quatro cenários em que disputa com Tarcísio, Ratinho Jr., Caiado e Zema, Eduardo Bolsonaro tem 17%, 20%, 22% e 23% das intenções de voto.

2º turno:

  • Lula (PT): 46%, ante 47% em setembro;
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 31%, ante 29%;
  • Branco, nulo, não vai votar: 20%, ante 21%;
  • Indecisos: 3% em ambos os levantamentos.

Lula x Tarcísio de Freitas

Por outro lado, o nome mais apontado pela direita para disputar a eleição presidencial, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), de São Paulo, aparece com uma tendência de queda no segundo turno enquanto que Lula ganhou pontos – ambos, no entanto, dentro da margem de erro:

1ºturno:

  • Lula (PT): 39%;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 18%;
  • Ciro Gomes (PDT): 12%;
  • Romeu Zema (Novo): 4%;
  • Ronaldo Caiado (União): 4%;
  • Indecisos: 5%;
  • Branco, nulo, não vai votar: 18%.

2º turno:

  • Lula (PT): 45%, ante 43% em setembro;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 33%, ante 35%;
  • Branco, nulo, não vai votar: 19% nos dois levantamentos;
  • Indecisos: 3% em ambos.

Lula x Ratinho Jr.

Além de Tarcísio, o governador paranaense Ratinho Jr. (PSD-PR) também vem despontando entre oposicionistas como uma opção viável para abalar a tentativa de reeleição de Lula.

1º turno – cenário 1:

  • Lula (PT): 35%;
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 15%;
  • Ratinho Jr. (PSD): 12%;
  • Ciro Gomes (PDT): 11%;
  • Romeu Zema (Novo): 5%;
  • Ronaldo Caiado (União): 4%;
  • Indecisos: 4%;
  • Branco, nulo, não vai votar: 14%.

Em outro cenário de primeiro turno com Eduardo Bolsonaro disputando a eleição, Ratinho Jr. tem 17% das intenções de voto contra 20% do filho do ex-presidente.

2º turno:

  • Lula (PT): 44% em ambos os levantamentos;
  • Ratinho Jr. (PSD): 31%, ante 32% em setembro;
  • Branco, nulo, não vai votar: 22%, ante 21%;
  • Indecisos: 3% nos dois levantamentos.

Outros candidatos

A Quaest também testou outros três cenários de possíveis candidatos para a disputa com Lula em 2026. O petista sai na frente no primeiro turno com 43% contra Zema (11%) e Caiado (10%). Já no segundo turno, a variação é de 41% a 47% contra Ciro (32%), Zema (32%) e Caiado (31%).

Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais  

Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população.

Métodos de entrevistas, composição e número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar no resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.

Pesquisas publicadas nas últimas eleições, por exemplo, apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna. Feitos esses apontamentos, a Gazeta do Povo considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.



Fonte: Revista Oeste

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