Nos dois primeiros anos da administração de Luiz Inácio Lula da Silva, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentou seus gastos anuais com publicidade para uma média de R$ 63,2 milhões. O levantamento é do site Poder360.
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O valor representa um crescimento de 214% em relação aos R$ 20,2 milhões anuais destinados durante os 4 anos do governo de Jair Bolsonaro.
Os dados englobam campanhas idealizadas por ministérios, pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e por empresas estatais, como o Banco do Brasil, a Caixa e o próprio BNDES.
Indagado sobre o aumento, o BNDES declarou que os investimentos fazem parte de uma estratégia de “retomada do protagonismo como instituição de promoção do desenvolvimento econômico e social do país”.
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Além disso, o banco busca fortalecer sua marca, ampliar sua atuação comercial e divulgar linhas de crédito e condições de financiamento.
O papel do BNDES e da Secom

O BNDES é atualmente liderado por Aloizio Mercadante. Aliado de Lula, ele coordenou o plano de governo do petista e liderou os trabalhos técnicos do governo de transição.


A Secom afirmou que não interfere nas execuções de publicidade de outros ministérios e estatais, e que suas ações estão ligadas à missão institucional de divulgar políticas do Poder Executivo Federal e estimular a participação da sociedade na formulação de políticas públicas.
Em termos de gastos totais com publicidade, o governo Lula investiu R$ 4,1 bilhões nos últimos 2 anos. A média anual ficou em R$ 2,05 bilhões. Durante o mesmo período, Bolsonaro teve um gasto anual médio de cerca de R$ 1,8 bilhão.
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Os bancos públicos, como o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal, também contribuíram para o aumento nos gastos. Apesar disso, o BB manteve seu nível de despesas próximo ao da gestão anterior, enquanto a Caixa registrou um crescimento de 18%.
Fonte: Agência Brasil