PUBLICIDADE

Juíza nega pedido para divulgar transcrição do júri


Uma juiza federal dos Estados Unidos rejeitou, nesta quarta-feira, 23, o pedido do Departamento de Justiça para tornar públicas as transcrições do grande júri relacionadas à investigação de Jeffrey Epstein na Flórida, ocorrida entre 2005 e 2007. A decisão foi proferida pela juíza Robin Rosenberg, que afirmou que o tribunal está “de mãos atadas” devido às regras federais que restringem a divulgação desse tipo de material, salvo em circunstâncias excepcionais.

O pedido de divulgação fazia parte de uma tentativa do governo de responder à pressão pública por mais transparência no caso Epstein, especialmente entre apoiadores do presidente Donald Trump. O caso ganhou notoriedade devido ao envolvimento de figuras públicas e à existência de teorias conspiratórias sobre possíveis acobertamentos e lista de clientes de EpsteinTrump é um dos supostos envolvidos nos crimes cometidos pelo homem condenado por tráfico sexual.

Contexto das Investigações e Implicações Legais

As transcrições em questão referem-se a dois grandes júris convocados em 2005 e 2007, durante as primeiras investigações federais sobre as atividades de Epstein na Flórida. Apesar das alegações de dezenas de vítimas, Epstein firmou um acordo judicial que permitiu sua condenação por acusações estaduais menos graves, as denúncias federais mais sérias na época.

A legislação dos Estados Unidos estabelece que os depoimentos colhidos em grandes júris devem permanecer em sigilo, exceto em situações muito restritas. Segundo a decisão da juíza Rosenberg, o pedido do governo não se enquadrou em nenhuma das exceções previstas, o que impossibilitou a liberação dos documentos. O Departamento de Justiça ainda pode recorrer da decisão, mas não há previsão de mudança no entendimento atual da corte.

Paralelamente, há solicitações semelhantes em andamento na cidade de Nova York, onde Epstein foi posteriormente indiciado em 2019, antes de sua morte. Nessas jurisdições, os juízes têm adotado uma abordagem mais cautelosa, pedindo informações adicionais antes de tomar qualquer decisão sobre a divulgação de materiais do grande júri.

O caso Epstein continua gerando grande interesse público, especialmente devido às conexões do empresário com personalidades influentes e à condenação de sua ex-associada, Ghislaine Maxwell, em 2021. A morte do magnata, considerada suicídio pelas autoridades, alimentou ainda mais especulações e teorias sobre o alcance de suas atividades e possíveis redes de proteção.

Especialistas em direito afirmam que, mesmo que as transcrições fossem divulgadas, elas provavelmente não trariam revelações substanciais, já que o objetivo do grande júri é apenas determinar se há elementos suficientes para uma acusação formal. O Departamento de Justiça declarou que está analisando a decisão e não comentou sobre possíveis próximos passos.

+++LEIA MAIS: Departamento de Justiça avisou Trump que ele está nos arquivos de Epstein, diz reportagem

+++LEIA MAIS: Manifestantes instalam foto de Trump e Epstein em rua de Londres; entenda



Fonte: rollingstone.com.br

Leia mais

PUBLICIDADE