Gregory Carro, juiz responsável pelo caso do assassinato do diretor executivo da UnitedHealthcare Brian Thompson, rejeitou nesta terça-feira (16) duas acusações de terrorismo apresentadas pela Promotoria de Nova York contra o acusado Luigi Mangione, de 27 anos.
De acordo com o magistrado, as acusações são “legalmente insuficientes” para enquadrar o acusado.
A defesa de Mangione argumentou que as acusações de homicídio em primeiro e segundo graus relacionados a terrorismo deveriam ser retiradas porque, segundo a legislação do estado de Nova York, refere-se a ataques direcionados a vários civis e não a um único indivíduo.
No que diz respeito às outras acusações, uma de homicídio em segundo grau e outras oito relacionadas com a posse de armas, Carro declarou que as provas eram “suficientes”.
“Embora o povo dê grande ênfase ao motivo ‘ideológico’ do réu, não há nenhuma indicação no estatuto de que um assassinato cometido por razões ideológicas (neste caso, o aparente desejo do réu de chamar a atenção para o que ele percebeu como desigualdades ou ganância dentro do sistema de saúde americano) se enquadra na definição de terrorismo sem estabelecer o elemento necessário de uma intenção de intimidar ou coagir”, diz um trecho da decisão do juiz Gregory Carro.
Apesar da retirada das duas acusações mais graves no âmbito estadual, Luigi Mangione ainda pode pegar uma pena de 25 anos de prisão pela morte do CEO Brian Thompson. A decisão desta terça-feira não altera o julgamento federal de homicídio contra o acusado.
O Departamento de Justiça já sinalizou que pretende pedir pena de morte para o homem de 27 anos.
Luigi Mangione é acusado de assassinar o executivo Brian Thompson com um tiro em dezembro do ano passado, em plena luz do dia, em Nova York.
Um grupo de manifestantes se reuniu em frente ao tribunal nesta terça-feira para demonstrar apoio ao acusado, enquanto outros conseguiram acompanhar a audiência. Entre os apoiadores, estavam alguns que vestiam camisetas vestiam com os dizeres “Free Luigi” (“Libertem Luigi”).
Mangione arrecadou cerca de US$ 1,2 milhão em uma arrecadação de fundos online desde a prisão no ano passado.
Fonte: Revista Oeste
