O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, informou nesta sexta-feira (16) que o jornalista sueco Joakim Medin, condenado no mês passado pela Justiça da Turquia, foi libertado e está voltando ao país nórdico.
Kristersson falou sobre o assunto num post no X, mas não deu maiores detalhes sobre a negociação com o governo do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
“O trabalho duro em relativo silêncio valeu a pena. O jornalista sueco Joakim Medin está voltando da Turquia para a Suécia. Ele pousará [em solo sueco] em algumas horas”, escreveu o premiê.
“Gostaria de agradecer aos funcionários do Ministério das Relações Exteriores que, sob a liderança da ministra das Relações Exteriores, Maria Malmer Stenergard, trabalharam intensamente nesta questão. Agradeço também aos meus colegas europeus que me ajudaram no processo. Mas, acima de tudo, bem-vindo de volta, Joakim!”, escreveu Kristersson.
Em abril, um tribunal de Ancara havia condenado Medin, jornalista sueco de 40 anos de idade, a 11 meses de prisão por “difamar o presidente” Erdogan, porque o jornal onde trabalha, Dagens ETC, ilustrou uma reportagem sua com uma foto de um protesto curdo organizado contra o presidente turco em Estocolmo.
A imagem mostrava manifestantes pendurando um boneco representando Erdogan pelos pés em uma ponte.
Medin, que havia sido preso ao chegar ao aeroporto de Istambul em 27 de março, respondia a um segundo processo por acusações de “ser membro de um grupo terrorista”, referindo-se aos guerrilheiros curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), mas o governo da Suécia não esclareceu se as acusações foram retiradas ou se a ação continua tramitando.
No início desta semana, o PKK, após cerca de 40 anos de conflito armado com o governo turco, anunciou sua dissolução.
Fonte: Revista Oeste