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Israel intensifica ofensiva em Gaza em meio a negociações de paz


Israel ampliou nos últimos dias sua ofensiva contra o grupo terrorista Hamas em Gaza, ao mesmo tempo em que cresce a pressão internacional para que a organização responda ao plano de paz apresentado nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O governo americano deu ao grupo terrorista palestino três a quatro dias para aceitar os termos, que já foram acordados com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

“Temos uma assinatura que precisamos [a do Hamas], e quem não assinar pagará caro, no inferno, por isso. Espero que assinem para o próprio bem e criem algo realmente grande”, disse Trump em discurso a militares em na Virgínia, segundo o portal Axios.

Enquanto o Hamas analisa a proposta, outros grupos palestinos que atuam em Gaza rejeitaram a iniciativa, classificando-a como “favorável a Israel”. Um dirigente palestino afirmou à agência Reuters que “aceitar o plano é um desastre, rejeitá-lo é outro. Há apenas escolhas amargas aqui, mas o plano é um plano de Netanyahu articulado por Trump”. Apesar disso, a mesma fonte reconheceu que o Hamas “está disposto a acabar com a guerra e com o genocídio” e dará uma resposta alinhada aos “interesses do povo palestino”.

No campo de batalha, a ofensiva israelense se intensificou na Cidade de Gaza, onde aviões e tanques atingiram diversos locais para combater terroristas palestinos durante a madrugada desta quarta-feira (1º). O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o objetivo neste momento é “apertar o cerco em torno de Gaza no caminho para derrotar o Hamas”. Ele reiterou o pedido para que residentes civis deixem o local e isolem os terroristas do Hamas que são alvos da ofensiva em terra e ar.

No campo diplomático, mediadores regionais pressionam o Hamas a aceitar o plano de Trump. De acordo com o Axios, autoridades do Catar, Egito e Turquia se reuniram duas vezes em 24 horas com líderes do grupo terrorista em Doha. O premiê do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, teria dito aos dirigentes que esta é “a melhor proposta possível” e que não haverá oferta melhor. Ele afirmou ainda que, em conversas com Trump, percebeu “compromisso sério em encerrar a guerra”, o que seria garantia suficiente para o grupo terrorista. Já à Al Jazeera, o primeiro-ministro declarou esperar que “todos olhem para o plano de forma construtiva e aproveitem a chance de acabar com a guerra”.

O Plano de Paza para Gaza apresentado por Trump prevê a libertação dos reféns ainda em poder do Hamas, a entrega das armas e a exclusão do grupo terrorista palestino do futuro governo de Gaza. Em contrapartida, Israel libertaria 2 mil prisioneiros palestinos e aumentaria a entrada de ajuda humanitária no enclave. Também está prevista a retirada gradual das tropas israelenses, embora sem prazo definido. Trump reiterou que não há “muito espaço” para renegociações, enquanto autoridades americanas sinalizaram que podem discutir ajustes pontuais solicitados pelo Hamas, mas sem reabrir todo o acordo.



Fonte: Revista Oeste

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