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INSS suspende contrato com a Crefisa por irregularidades


O INSS suspendeu nesta quinta (21) o contrato de prestação de serviços com a Crefisa por irregularidades contra aposentados e pensionistas. A operadora financeira havia vencido, no ano passado, o leilão da folha de pagamento de 25 dos 26 lotes disponibilizados pelo órgão para o período de 2025 a 2029, em uma operação que renderia ao todo R$ 6 bilhões ao ano aos cofres públicos.

No despacho publicado na edição do dia do Diário Oficial da União (DOU), o presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, afirma que a suspensão é válida apenas para o pagamento de novas concessões de benefícios, mas não informa quais foram as irregularidades encontradas.

“Os efeitos da presente Decisão se aplicam aos pagamentos decorrentes das novas concessões de benefícios, como medida necessária para cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público, até a conclusão definitiva dos processos de apuração”, escreveu (veja na íntegra).

A Gazeta do Povo procurou o INSS para explicar as irregularidades encontradas e a Crefisa, para comentar a decisão do órgão, e aguarda retorno.

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Além da Crefisa, o banco Agibank também foi descredenciado há 10 dias por irregularidades na prestação de serviços a aposentados e pensionistas. O INSS afirmou que a suspensão ocorreu “para apurar graves violações, como a interceptação de ligações à Central 135 e recusas de portabilidade de benefícios”, segundo informou em uma publicação nas redes sociais.

“O INSS reforça que nenhuma instituição financeira pode atuar como intermediária de seus canais oficiais. Os segurados que recebem pelo Agibank não precisam tomar providências imediatas e continuarão recebendo seus pagamentos normalmente”, seguiu o órgão.

A suspensão da Crefisa e do Agibank de operarem contratos de benefícios a aposentados e benefícios ocorre em meio à operação de ressarcimento das vítimas da fraude no órgão, que já teve a adesão de mais de 1,8 milhão de pessoas ao acordo. Outras 613 mil já tem direito à devolução dos recursos cobrados irregularmente por entidades associativas.

“A iniciativa busca garantir que todos os beneficiários vítimas da fraude tenham conhecimento dessa possibilidade e possam receber o pagamento integral, corrigido pela inflação (IPCA), diretamente na conta onde recebem o benefício. O processo é simples, gratuito e sem burocracia”, afirmou o INSS em nota.

O prazo para a contestação das mensalidades das entidades cobradas irregularmente vai até o dia 14 de novembro, embora o órgão afirme que a adesão ao acordo de ressarcimento continuará disponível após a essa data para quem tiver direito. A adesão é feita exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente nas agências dos Correios.

O INSS alerta que não envia links ou mensagens de SMS pedindo dados pessoais, não cobra taxas e nem solicita intermediários para fazer as operações.



Fonte: Gazeta do Povo

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