Jornais estrangeiros repercutiram nesta terça-feira (14) o pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por uma suposta trama golpista após as eleições de 2022.
O jornal argentino Clarín destacou em sua publicação que o Ministério Público do Brasil concluiu que Jair Bolsonaro era o “líder de uma organização criminosa que queria dar um golpe em Lula da Silva”.
A reportagem citou que os acusados, se forem condenados, podem pegar penas que variam entre 12 e 40 anos de prisão.
Outro jornal argentino, o La Nación, disse que o ex-presidente Bolsonaro estava “à beira de uma pena de prisão” por ser considerado o “arquiteto” de uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
“Gonet, no entanto, enfatizou que a acusação é baseada em um ‘amplo conjunto’ de evidências, incluindo manuscritos, arquivos digitais, mensagens e planilhas que revelam o ‘plano de conspiração’ contra as instituições democráticas”, pontuou a reportagem, destacando que as acusações combinadas contra Bolsonaro podem resultar em uma pena de mais de 40 anos de prisão.
O jornal americano The Washington Post publicou uma matéria com o seguinte título: “Bolsonaro ecoa Trump ao descrever julgamento de conspiração de golpe como uma ‘caça às bruxas‘.
Na publicação, que foi ilustrada com uma foto do ex-presidente posando para foto com apoiadores, o jornal o descreve como um líder de “extrema-direita” que é acusado de tentar anular a eleição de 2022 no Brasil, na qual foi derrotado por um rival de esquerda.
Analistas consultados pelo Post informaram que o julgamento no STF deve acontecer no segundo semestre do ano. O jornal também mencionou o tarifaço de Donald Trump para o Brasil, anunciado no último dia 9, que foi vinculado diretamente ao julgamento de Bolsonaro.
Fonte: Revista Oeste