A greve dos professores e trabalhadores da Educação de São Vicente entra no seu terceiro dia. Diante do impasse e de troca acusações entre a Prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores no Magistério e na Educação (Sintramem), os trabalhadores estão concentrados em frente ao Paço Municipal, no Centro. Nova manifestação acontece no mesmo local a partir das 13 horas. Às 17 horas, realizam uma assembleia para definir os rumos do movimento.
A paralisação dos trabalhadores afetou quase todas as 60 escolas de Ensino Fundamental e 42 creches do Município. São aproximadamente 2,2 mil trabalhadores e perto de 40 mil alunos.
A Administração Municipal admite a grande adesão dos trabalhadores à paralisação e denuncia o descumprimento por parte do sindicato da decisão judicial que determinou o comparecimento de 70% do corpo docente nas escolas. A Prefeitura garantiu que todas as aulas perdidas serão repostas futuramente.
Por outro lado, o Sintramem, diante de relatos de ameaças de processos administrativos, retirada de direitos e listas com os nomes dos grevistas abriu uma Central de Denúncias, que funciona 24 horas por dia. Por meio de um formulário fixado na página do Sindicato, trabalhadores vítimas de assédio, perseguição ou interessado em denunciar irregularidades no seu local de trabalho, poderá utilizá-lo. Os trabalhadores que participam do movimento grevista podem denunciar toda e qualquer prática realizada pelos gestores de forma a impedi-los de exercer o direito a participar da mobilização.
CORREÇÃO
As principais reivindicações dos servidores da Educação são a correção inflacionária de 4,82%, plano de recuperação salarial de 13,07% referente aos anos 2021-2023, aumento na cesta básica de R$ 400,00 para R$ 805,84 e Auxílio-Educação de R$ 250,00 para R$ 700,00. A Prefeitura ofereceu um reajuste de R$ 3,5% no salário-base e acréscimo de R$ 100,00 mensais no Auxílio-Educação.
“A pauta central do movimento é clara: a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura é um verdadeiro desrespeito à Educação. O valor de apenas R$ 0,80 por hora-aula revoltou a categoria e demonstra a total desconexão do governo municipal com a realidade vivida pelos profissionais que atuam nas escolas da cidade”, disse o presidente do Sintramem, Roberto Ciccarelli Filho.
A Prefeitura de São Vicente ressaltou que está empenhada em resolver a situação, porém, dentro da responsabilidade fiscal, com as verbas disponíveis para este ano e sem prejudicar outros investimentos.
Fonte: Jornal Da Orla