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Greve dos professores acarretou o fechamento de oito escolas


A greve dos professores e trabalhadores da educação de São Vicente entra no seu segundo dia nesta sexta (4). Às 8 horas, os trabalhadores se concentraram no teleférico da Cidade. Às 13 horas, os grevistas voltam para a porta da Prefeitura, no Centro. A Administração Municipal não informou quantas escolas foram afetadas com a paralisação dos profissionais e acusou o Sindicato de descumprimento de decisão judicial. Ontem, oito escolas não funcionaram.

No primeiro dia de paralisação, os grevistas ficaram concentrados no Paço Municipal. Depois foram para a Câmara Municipal, onde diretores do Sindicato dos Trabalhadores no Magistério e na Educação Municipal (Sintramem) e uma comissão de professores se reuniram com alguns vereadores. Após isso, saíram em passeata até a porta da Secretaria de Educação. A greve é por tempo indeterminado.

São aproximadamente 2,2 mil trabalhadores espalhados em 60 escolas de Ensino Fundamental e 42 creches para atender perto de 40 mil alunos.

As principais reivindicações dos servidores da Educação são a correção inflacionária de 4,82%, plano de recuperação salarial de 13,07% referente aos anos 2021-2023, aumento na cesta básica de R$ 400,00 para R$ 805,84 e Auxílio-Educação de R$ 250,00 para R$ 700,00.

Roberto Ciccarelli Filho, presidente do Sintramem, considerou o primeiro dia de greve como forte e representativo. “Os profissionais e trabalhadores da Educação de São Vicente não se intimidaram em nenhum momento. Fomos às ruas, de corpo e alma, para revelar ao povo, ao Executivo e ao Legislativo nossa insatisfação. É inadmissível um reajuste de apenas R$ 0,80 por hora-aula. Isso é desumano e irracional. Mas nossa luta vai muito além do reajuste salarial: estamos defendendo nossa dignidade e exigindo respeito para aqueles que tanto fazem por São Vicente”, disse.

Ciccarelli Filho destacou práticas antissindicais da Prefeitura e da Secretaria de Educação, que, de acordo com o dirigente, teria coagido alguns trabalhadores.

“Saímos ainda mais fortes do primeiro dia de batalha. A desvalorização dos trabalhadores é grave, e nossa greve é mais do que justa. Juntos, venceremos”, afirmou o dirigente.

PREFEITURA

A Prefeitura de São Vicente informou em nota que o Sintramem descumpriu a determinação judicial de manter 70% dos profissionais da educação atuando nas escolas e, também, não compareceu à audiência de conciliação marcada para a tarde desta quinta-feira (3), no Tribunal.

De acordo com a Administração, o não comparecimento de representantes do Sintramem prejudica as tratativas para que a situação da paralisação seja resolvida da melhor forma, sem mais prejuízos para os alunos e para os professores, pois seria nesse momento que a negociação aconteceria, bem como tratativas sobre descontos por faltas e sobre reposições. O sindicato foi devidamente intimado na manhã da quinta-feira, inclusive quanto à audiência de conciliação, optando deliberadamente por não participar.

Diversas escolas não tiveram aula nesta quinta-feira (3), tais como: Caic Ayrton Senna, Carolina Dantas, Ercília Nogueira, Eulina Trindade, Francisco Martins, Jacob Andrade Câmara, Pastor Joaquim e Regina Célia.

A Prefeitura de São Vicente ressalta que manterá todos os esforços para diminuir o impacto pedagógico nas crianças, respeitando o direito constitucional de greve dos professores de 30%, sem prejudicar os quase 40 mil alunos da rede municipal.

Declarou ainda que a Prefeitura de São Vicente está empenhada em resolver a situação, dentro, claro, da responsabilidade fiscal com as verbas disponíveis para este ano e sem prejudicar outros investimentos na educação vicentina.

Matéria atualizada às 11h25





Fonte: Jornal Da Orla

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