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Gravadora de Drake quer rejeição da nova versão do processo sobre ‘Not Like Us’


A própria gravadora de Drake voltou a criticá-lo, afirmando que a nova versão do processo por difamação movido pelo rapper por causa da música “Not Like Us”, de Kendrick Lamar, é tão infundada que chega a ser “impressionante”.

Na nova moção para rejeitar a queixa emendada recentemente apresentada por Drake, a Universal Music Group (UMG) ironiza o argumento do rapper de que a decisão da NFL de censurar a palavra “pedófilo” durante a apresentação de Kendrick Lamar no Super Bowl comprova que “Not Like Us” é difamatória.

“As novas alegações de Drake são impressionantes,” diz a moção apresentada pela UMG na noite de quarta-feira.

“O foco das alegações de Drake — de que ‘o maior público da história de um show do intervalo do Super Bowl’ não ouviu Lamar chamar Drake ou sua equipe de pedófilos — revela o que realmente está em jogo: o ataque de Drake ao sucesso comercial e criativo do artista que o derrotou, e não ao conteúdo das letras de Lamar.”

O texto ainda ironiza Drake e a recente onda de ações judiciais movidas por ele, sugerindo que a censura da música em 9 de fevereiro de 2025 (três semanas após o rapper ter processado a UMG) pode ter sido motivada por ameaças de litígios adicionais.

“Drake alega que a decisão de não incluir a palavra ‘pedófilos’ (como usada na expressão ‘pedófilos certificados’) na apresentação de Lamar no Super Bowl só pode indicar que a linguagem é difamatória, mas isso ignora uma série de outras explicações — como ameaças de Drake de novos processos infundados,” afirma a petição de 33 páginas obtida pela Rolling Stone.

“Essas alegações, que visam restringir expressões artísticas legítimas protegidas pela Primeira Emenda e pela legislação de Nova York… são infundadas.”

Um porta-voz da UMG enviou uma declaração adicional na noite de quarta-feira, logo após a apresentação do novo pedido de rejeição:

“Em nenhuma parte das mais de cem páginas de ‘discurso jurídico’ escritas pelos advogados de Drake eles se dão ao trabalho de reconhecer que o próprio Drake escreveu e cantou músicas de enorme sucesso contendo provocações igualmente fortes contra outros artistas. Também não mencionam que foi Drake quem iniciou essa troca em particular,” disse o porta-voz à Rolling Stone.

“Aparentemente, os advogados de Drake acreditam que, ao participar voluntariamente de uma batalha de rap performática, ele pode ser ‘difamado’ mesmo fazendo uso do mesmo tipo de expressão criativa.”

A UMG pede que o juiz federal que supervisiona o caso em Manhattan rejeite a nova queixa de 107 páginas por ausência de alegações juridicamente viáveis. Os advogados de Drake não responderam imediatamente ao pedido de comentário feito pela Rolling Stone.

A batalha de rap de nove faixas que está no centro da disputa jurídica ganhou as manchetes em abril de 2024. Ela explodiu quando Drake lançou “Family Matters” em 3 de maio de 2024, insinuando que Lamar teria traído sua noiva e sido fisicamente violento. Kendrick respondeu com “Meet the Grahams” e “Not Like Us” — sendo esta última responsável pelo refrão viral “Certified Lover Boy, certified pedophile”.

Kendrick foi amplamente considerado vencedor na opinião pública. Drake, então, acionou sua equipe jurídica e levou a disputa para a esfera civil. Em novembro, ele entrou com petições preliminares para obter registros da UMG, iHeartMedia e Spotify, acusando as empresas de inflar artificialmente o sucesso de “Not Like Us”.





Fonte: rollingstone.com.br

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